sexta-feira, agosto 12, 2005

Tempos difíceis à frente


Infelizmente temos tempos difíceis à frente. O processo de impeachment é basicamente político e não jurídico. Precisa de uma base jurídica, é claro, base que ainda não está clara, acima de qualquer suspeita. E precisa, sobretudo, dos votos no Congresso. E o Congresso ainda não é pró-impeachment. Muita água ainda resta por rolar.

Como, todavia, CPIs têm vida própria e se auto-alimentam com suas próprias descobertas, tudo é possível. Na hipótese de impeachment, parece mais ou menos claro que o vice também seria atingido, pois foi eleito, ou teria sido eleito, graças a maracutaias diversas armadas para a eleição da chapa: presidente e vice.

É nesse momento negro que surge, glorioso, no horizonte de nossa miséria Severino Cavalcante, presidente da Câmara dos Deputados, o rei do baixo-clero.

Semana que vem a companheirada dos "movimentos sociais" reúne-se em Brasília. Até dizem que em nome da ética na política. Sei. Seus coordenadores querem reunir-se com o companheiro-mor (o mesmo que ontem esteve reunido com Chavez), com certeza tascar-lhe-ão o boné de algum movimento fora-da-lei na cabeça, palavras toscas e agressivas contra as elites serão pronunciadas e vai sair, estou certo, a primeira ameaça: "O lulla é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo" e estará aberto o caminho para o pior dos cenários nesse país muito grande e imensamente bobo.


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Um comentário:

Anônimo disse...

boa tarde, emerson

agradeço sua visita e as palavras amáveis. seu blog é bom . gosto. um grande abraço.