Na verdade, fui econômico ao falar das estrelas e, principalmente, ao falar que mais de 90% dos norte-americanos e europeus não as enxergam. Então, adeus economia de palavras e vamos às explicações.
Mais de 90% dos habitantes desses continentes vivem em áreas urbanas ou bastante urbanizadas. Nessas regiões, há uma forte poluição atmosférica, deixando a atmosfera menos transparente. Associada a ela temos a luminosidade das cidades, uma verdadeira poluição luminosa, acabando de vez com a chance de ver o céu coalhado de estrelas e, principalmente, a Via Láctea.
Nas cidades, ainda avista-se alguma coisa mas só em situações excepcionais, como depois de uma tempestade com chuva e ventos, por exemplo, quando o ar fica limpo, transparente.
Devido à poluição luminosa, há diferença de magnitude entre a Via Láctea que vejo no sítio e a que vejo no sertão mato-grossense. E garanto que não é pouca. Então, é isso. Deve ser bonito o céu no Saara e no coração da “África negra”, afinal, quanto mais pobre e sem recursos modernos, mais bonito e brilhante é o céu. Na Amazônia o céu também é bonito. E isso me faz pensar que preciso ir pra Roraima, não só para ver os campos do Lavradio e as montanhas, mas também para ver o céu equatorial.
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