Era pra ser um lindo campo de sorgo.
O primeiro corte teria sido ensilado.
O segundo e terceiro teriam sido cortados e picados para as vacas comerem verde. Ou só o segundo, e o terceiro corte viraria pasto mesmo.
Nada deu certo.
Motivos vários: o cara contratado para plantar, atrasou. Perdemos chuvas e tempo.
O mesmo cara, infelizmente, sumiu e não limpou a lavoura.
As vacas invadiram uma, duas, várias vezes.
Virou isso que está aí, um guanxumal. Uma roça de erva daninha.
Mas começou certo: semente boa e cara, terra preparada, bem adubada, tudo como manda o melhor figurino. Mesmo assim...
O pior, mesmo, foi ver as próprias vacas invadirem e destruirem tudo. E quem devia vigia-las e impedi-las nada fez.
Qualquer semelhança com uma certa plantação de esperança por parte de um certo povo, é mera coincidência. Nada mais que coincidência.
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3 comentários:
Puxa, que pena, Emerson. Pra quem não entende muito desses assuntos, como eu, o verde da foto está lindo. :)
Abraços,
E é bom que esteja assim, Ana. A terra deve estar sempre coberta, sempre protegida contra seus maiores "inimigos": as chuvas, o sol, os ventos. As aspas foram importantes para diferenciar esses "inimigos" do maior e mais perigoso inimigo: o homem. Solo coberto é solo protegido, é solo que não será arrastado pros rios , é solo vivo. Mesmo que coberto por plantas tidas como invasoras ou daninhas, na nossa ótica. Na verdade, sob a ótica da natureza essas plantas são naturais, maravilhosamente adptadas àquela situação.
Olhei, olhei e, antes de ler, tive a mesma impressão da Ana. Pensei com meus botões: "porra, o sampaulino lavou a égua este ano"!
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