Um Olhar Crônico sobre os dias de hoje e alguns de ontem. Um Olhar Crônico sobre a vida nas cidades, a vida na megalópole, a vida na roça, quando é dura, e no campo, quando é lírica. Textos, Idéias & Coisas diversas, aquelas que passam pela cabeça e a gente acaba registrando, sabe-se lá pra que ou mesmo porquê.
terça-feira, agosto 02, 2005
Dia de roça I
04:00 – o sábado começa. A moçada ainda tá vivenciando o fim da 6a-feira. Tá frio: 9 graus. Colocada a tv, o decodificador da Sky e o vídeo no carro, estamos prontos para sair.
05:00 – já tem trânsito no Rodoanel. Tem o tempo todo, sem parar. E é isso que quero fazer agora, parar, tomar um leite com café, comer umas 2 fatias pão com manteiga.
08:00 – chego no sítio mais cedo que o costume. Dessa vez não parei em Pirassununga pra comprar farelo. O carro veio cheio, agora é descarregar. No chão da cozinha cinza de cana queimada. A cana está por toda parte, na paisagem e na estrada vicinal, cheia de caminhões com cana cortada a caminho da usina. Ou vazios, voltando pras áreas de colheita. Cana é um trem bom, mas demais, assim, enjoa. Certa estava minha avó: tudo que é demais é de sobra. A paisagem bonita e com bastante verde ainda é a mesma de um começo de inverno. Na 2a-feira choveu direitinho: 12 mm aqui no sítio. O piso do curral é testemunha da medição pluviômetro. Ambos confiáveis.
O calcário chegou ontem mesmo. Precisava de 8,5 toneladas, pedi 10 de uma vez. Ia pagar o mesmo frete, então aproveitei o caminhão. Um pouco mais de calcário mal não fará: é a base para um solo produtivo. Sem ele, não adianta jogar adubo caro ou barato, pois nenhum funcionará. Logo mais terei de sentar com o agrônomo e fazer a programação de compra e a definição dos adubos que vamos precisar.
Mal demos conta de abrir a porta da cozinha e a Titica veio correndo e chorando, escandalosa como sempre. Com certeza viu o carro na estrada e cortou caminho pelo pasto pra chegar aqui. Algumas vezes chega aqui até antes da gente. De agora até a manhã de 2a-feira, ela nos adota integralmente como provedores de comida, conforto e carinho. Agora é a Sophia que entra. Calma e digna como todo gato, sem festas ou escândalos. Hoje é dia de ração de “latinha” pra ela, dia de festa.
Bom, vamos à lida.
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