segunda-feira, agosto 22, 2005

Planta daninha e ipê-amarelo: uma combinação feliz

O gênero Ipomoea tem um monte de representantes nativos dessa Terra de Vera Cruz. São cipós de belas flores. Se não encontram onde subir, cobrem o chão por completo. Se dão de cara com um pé de milho ou de cana ou uma cerca, aí ficam, devem ficar, mais felizes: se engancham e sobem. Na hora da colheita, um horror. Se manual, o trabalho é multiplicado e o rendimento cai vertiginosamente, o que acontece no milho, já que a cana é queimada antes da colheita, se ela for manual. Na colheita mecânica as bonitas ‘ipoméias” são tenebrosas: em certos momentos as colheitadeiras simplesmente travam, com a ceifadeira embuchada por quilômetros de cipós. Trabalheira braba, geralmente embaixo de um gostoso sol de quarenta graus. À sombra. Um dos nomes mais comuns dessa planta é corda-de-viola. E é um bom nome pra danada.



Aqui, todavia, a corda-de-viola está bem. Tá bem na foto, literalmente. Se alastrando pelo gramado à beira da Zequinha de Abreu, faz um bonito e discreto rodapé em verde e lilás pra realçar o amarelo de mais um ipê nessa Santa Rita do Passa Quatro.

A flora brasileira é espantosa. Planta daninha pode se transformar. Como uma gata borralheira das roças e sertões.
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2 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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