domingo, dezembro 02, 2012

O “Rosegate” avança



Nunca antes na história dessa república se viu coisa parecida. Pelo menos é o que eu acho.

Não bastasse o Mensalão, do qual um bando de gente bem e poderosa sai direto para as cadeias, além de outros casos e causos, alguns não explicados, alguns inimagináveis (eu continuo considerando inacreditável que dois prefeitos de duas das 20 mais ricas cidades do país pertencendo ambos a um mesmo partido sejam assassinados a tiros num período de poucos meses ou semanas e ainda hoje pouco ou nada se saiba sobre tudo isso) (sem vírgulas, sem pausas), temos agora o “Rosegate”.

Não vou entrar em detalhes, os órgãos de imprensa os têm aos montes, mas algumas coisas são curiosas. Por exemplo, a moçoila apresentar-se como “namorada” do ex-presidente, segundo a revista Época que recém-chegou às bancas e à internet.

Ter participado de grande número de viagens ao exterior, sempre a bordo do nosso "Air Force One", mas só quando a primeira-dama, a oficial, não estava presente.

Bom, aí tem toda aquela lista de apadrinhados, empresas com negócios com o maridão (o oficial nesse caso), etc, etc, reproduzindo as coisas & causos ao redor de Done Erenice, lembram dela? Na verdade, por uma questão de antiguidade e importância, o certo é dizer que as coisas & causos de Dona Erenice, seu maridão e afilhados diversos é que reproduziram as de Dona Rose.

Dona Rose e o ex-presidente relacionam-se (por favor, críticos, consultem no dicionário o verbo relacionar e verão que eu aqui o emprego dentro da mais cândida inocência), afinal de contas, desde o distante ano de 1993.


Como diria um ex-presidente desse imenso bananal, o qual, segundo Chico, tornar-se-ia um “imenso canavial”, nunca antes na história dessa república (...queta?) viu-se coisas tão assombrosas e despudoradas.
Ou não diria? 


Falando em diria ou não diria, o que dirá a respeito de tudo isto a Dona Marisa? Lembram dela? É aquela que foi a primeira-dama, oficial, durante oito anos.

Convém lembrar que Dona Marisa e pimpolhos todos conseguiram cidadania italiana e, por supuesto, passaportes idem. Não esquecendo, claro, que os mimos foram conseguidos durante o governo do maridão. 

Outro importante lembrete: todos tinham passaportes diplomáticos tupiniquins. Bom, tupiniquim ou não, passaporte diplomático é sempre passaporte diplomático, ? Parece que foram todos devolvidos. Parece. Mas... Para que devolver? Não seria mais prático e imediato simplesmente torná-los inválidos e com ordem de apreensão em caso de apresentação?
Deixa quieto.

Pelo sim, pelo não, permaneço curioso: o que dirá Dona Marisa sobre tudo isso?
Há um dito popular sobre o quão terrível é a fúria de uma mulher traída, mas, naturalmente, não é o caso aqui, felizmente. Né?

Enquanto isso, o “Rosegate” avança.