quinta-feira, setembro 12, 2013

11 de Setembro de 2001

11 de Setembro de 2001




Aquele 11 de setembro, o primeiro desse século XXI, era um dia comum e ainda estava ainda em casa trabalhando num roteiro, TV ligada, quando entrou a notícia do choque de um avião com uma das torres.
O susto foi enorme e fiquei pensando em qual das torres, pensamento meio besta, sei, mas essas coisas passam pela cabeça. Numa delas, a Torre Norte, a primeira a ser atacada, tinha um restaurante chamado Windows on the World, lá no alto, nas “nuvens”. Pensei e quase tentei ir até para um jantar, com Manhattan aos pés, mas os preços eram tão altos quanto a localização, definitivamente fora dos meus parcos orçamentos. Nunca fui. Pelo menos fui ao terraço uma vez, mas continuei achando o do Empire State mais bonito e charmoso, fora os filmes e o romantismo e o medo de ver o King Kong (o primeiro) ali no alto.
Digressões à parte, como um avião poderia se chocar com aquele prédio? Que coisa maluca! – pensava enquanto ouvia o pessoal pela televisão. Aí veio o segundo avião dos assassinos e tudo ficou claro: era um atentado terrorista.
Veio a informação de Washington e depois da Pensilvânia. Os Estados Unidos da América estavam sob ataque. O inimaginável acontecia.
Quando o segundo avião se chocou ficou claro que a História tinha mudado ali, naquele momento, aos nossos olhos.
De fato mudou, para pior.
Os assassinos de bin Laden conseguiram parte de seus objetivos, ao fazer o governo, o Congresso e a justiça americanos restringirem os direitos civis. Uma perda irreparável. Como irreparável foi a perda de milhares de vidas.
Esses assassinatos tornaram nossas vidas mais complicadas ainda hoje e por muito mais tempo.
Não reconheço nesses assassinatos valor algum. Foram atos da mais pura barbárie, simplesmente. Há muitos outros na História da humanidade e, infelizmente, outros virão, parece ser da nossa natureza.
Tudo que aconteceu só reforça a necessidade de defendermos e investirmos o que de mais precioso desenvolvemos: a ideia, o conceito, a prática da Democracia.


domingo, setembro 01, 2013

Sem choro, nem vela



O domingão começou tarde hoje (é domingão, !), pouco antes das seis da manhã. Mas o Zé já estava recolhendo as vacas para a ordenha.
Ontem ele picou cana demais para o trato das vacas.
Hoje, sobrou cana demais nos cochos, uma curiosa lei da natureza. 
Portanto, o marmitão aqui começou o dia pegando cana sobrada e jogando fora, deixando os cochos limpos para o trato da tarde. 
Isso feito, piquei um pouco de cana para duas vacas separadas das demais e para a bezerrada. Misturei com feno de alfafa e feno de tifton. Chique... E caro. 

Não vou almoçar na sogra, perderei o almoção dominical mais uma vez, pois quero começar o trato da tarde mais cedo, na esperança quase vã de conseguir assistir o São Paulo contra o Botafogo.
Felizmente, hoje à tarde termina o final de semana. Amanhã é segundona – Thank's God – e não terei que fazer o trato das vacas. 
Oba!
Aqui, no final de semana, empregado folga e o patrão pega no pesado braçal, pois ordenhar é tarefa especializada muito além de minha capacidade, suficiente apenas para pegar cana no garfão, jogar na carriola, misturar ureia e levar para os cochos. À noite meus ombros, meus braços, minha cintura, minhas costas, minhas isso, minhas aquilo, doem.
Sem choro, nem vela e nem gelol,


Segunda-feira é o dia de minha libertação semanal, menos quando é feriado santificado. Mas, nesse caso, diz o bom gosto, o bom senso e a boa educação que não é bom reclamar. Afinal, vai saber o que nos espera, ?