Boa pergunta me fez a Ana.
Esquerda, centro ou direita? Qual é a minha hoje?
Pergunta fácil, resposta difícil.
Dependendo de quem me olhe, me analise, sou um cara de esquerda. Ainda. Mas posso ser visto como de centro, ou até de direita, em função de algumas posições.
Quando veio o PSDB fiquei feliz. Nunca cheguei a acreditar piamente no comunismo, sempre mantive meus pés atrás, e sempre repudiei pura e simplesmente as propostas de direita. A social-democracia parecia ser a resposta às minhas necessidades ideológicas, juntando o melhor da direita civilizada e do centro, com o melhor da esquerda, com uma visão humanista da sociedade, com as preocupações sociais, etc e tal. Sem falar que, teoricamente, para a esquerda todos os países eram iguais, os povos tinham os mesmos direitos, a natureza devia ser preservada, titititi, tititititi.
Bom, aí eu cresci, né?
Definir o que sou hoje é algo que foge à minha capacidade. É muita areia pra esse caminhãozinho. Se eu conseguisse me definir, escreveria um best seller político, pois tá cheio de gente em situação parecida.
Só sei de uma coisa: não há nada interessante ou civilizado fora da democracia representativa. Nosso congresso é uma... bom, nosso congresso é o que é. E é o que é por força do nosso voto. Mesmo que seja um voto nulo, tão legítimo como qualquer outro. Nunca anulei meu voto para os parlamentos, mas já anulei algumas vezes em eleições para presidente e prefeitura de São Paulo. Sinceramente, acredito no voto. Em seu poder transformador, ainda que lento.
Continuo peessedebista, mas não de carteirinha. Aliás, preciso até pensar a respeito. Ano que vem farei isso, agora tô com preguiça. A tendência, contudo, é seguir votando PSDB.
Espero que ninguém entenda isso como proselitismo.
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2 comentários:
Emerson, eu só queria saber quem era você na foto, mas a resposta saiu melhor que a encomenda.:) No mundo atual, é muito difícil, quiçá impossível, a gente se classificar pelo critério das ideologias partidárias. Por mais que preservemos nossa consciência, não há partido algum que concentre sozinho todas as características que gostaríamos. A esquerda, por exemplo, não é boba de voltar-se indiscriminadamente contra o Capitalismo, seu cavalo-de batalha histórico (felizmente!). Por sua vez, a direita se viu obrigada a incorporar ao discurso as preocupações sociais e humanísticas. Ao meu ver, isso beneficia o centro, seja de esquerda ou de direita (não considero os extremistas), porque bebe das duas fontes.
Por isso, voto em pessoas e não em partidos. Pra mim, não é nenhuma aberração votar num senador de direita e num presidente de esquerda, simplesmente porque acho que os partidos estão mais perdidos do que cego em tiroteio de laser.
Um grande abraço!
Ana, acho que respondi melhor no post seguinte. :o)
Mas você falou uma coisa muito séria: é difícil, para não dizer impossível, votar partidariamente no Brasil. E, pelo visto, teremos de continuar privilegiando as pessoas por um bom tempo.
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