terça-feira, novembro 29, 2005

Notícias frescas da roça



Onça em Santa Rita do Passa Quatro!

Pois é, onça mesmo, mas não a pintada, maravilhosa, e sim uma suçuarana, a onça-parda, que aprendemos a conhecer nos filmes de Walt Disney e outros mais como puma.

Santa Rita do Passa Quatro tem umas belas áreas com florestas, ainda. Belas, mas não muito grandes, infelizmente. Numa delas está o grande e velho jequitibá, tido e havido pelos especialistas como o mais antigo ser vivo da América do Sul. O pessoal estima que ele tenha três mil anos de idade. Ou seja, quando Cristo nasceu ele passava da adolescência para a juventude, com mil aninhos de vida (tão logo eu crie vergonha na cara, vou de novo ao Vassununga visitá-lo e fotografa-lo, para depois mostrar aqui).

Essas reservas nos garantem visitas ocasionais de animais bem interessantes. Aqui mesmo republiquei a captura da sucuri num hotel-fazenda, depois de ter saboreado alguns gansos do hotel. No sítio, mesmo, temos alguns moradores permanentes e alguns turistas, como os macacos. Há muitos veados nos arredores, só não sei se dos campeiros ou dos mateiros.

Na semana retrasada, o pessoal duma fazenda próxima a uma das áreas de reserva avistou a bichinha. Chamaram a Polícia Ambiental e daí a parafernália toda. Conseguiram capturar a suçuarana, que estava estressada pelo ataque da cachorrada da fazenda. É uma fêmea jovem ainda, pesou 48 quilos e foi levada de volta para a reserva. Que seja feliz e não bote o narizinho pra fora da mata.


O assalto que me apavora

Nem muito longe, nem muito perto do sítio.

Valentim e Neusa dos Santos, e mais o filho, recém-tinham chegado no sítio e estavam tirando as compras da Saveiro, quando foram rendidos por bandidos. Um deles, magro e de voz fina, muito nervoso, com um revolver na mão, pediu as chaves do carro. Valentim jogou as chaves no chão, perto do bandido e tentou entrar em casa com a família. Irritado, o vagabundo de voz fina e com revólver deu um tiro na perna de Valentim, gritando que iria mata-lo. Apavorado e agindo por instinto, Valentim agarrou-se ao bandido e lutou com ele alguns segundos. Na confusão, com a gritaria toda, sua família entrou e ele também, fechando a porta. Gritando muito e fora de controle, o marginal deu vários tiros na porta da casa, conseguindo arrebentar com a fechadura, entrando em seguida. Um dos tiros que varou a porta feriu Valentim novamente, na cabeça. Por milímetros não morreu. Dentro de casa ele conseguiu pegar sua arma, um revólver, e quando o vagabundo arrombou a porta, atirou 3 vezes, atingindo-o na barriga pelo menos uma vez. Ferido, o bandido se voltou e fugiu, com a ajuda dos comparsas.

Valentim chamou a polícia que levou-o para a Santa Casa de Santa Rita do Passa Quatro. O delegado requisitou o Instituto de Criminalística para fazer a perícia.
Se o vagabundo aparecer, Valentim vai responder a processo, mesmo tendo agido em legítima defesa. E dizem, também, que ele será processado pelo porte de arma de fogo sem registro. Fico em dúvida sobre quem é mais assustador, se o bandido ou se a lei tupiniquim.


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2 comentários:

Anônimo disse...

Lei linear e extremamente burra, tão ou mais assustadora que a bandidagem desenfreada e protegida por cães-de-guarda dos direitos humanos que, por princípio, jamais protegem os direitos humados do cidadão pagador de impostos.
Assustador, sim!

Nelsinho

Anônimo disse...

Ambos. :(