terça-feira, novembro 29, 2005

Dia de Campo Jersey

.
Sábado foi dia de aprender coisas novas. E foi, também, um dia de lazer. Sábado foi mais um Dia de Campo Jersey. Promovido pelo núcleo de Ribeirão Preto de criadores da raça, foi realizado na linda e histórica Fazenda Santa Maria, em São Carlos.

O que é um dia de campo? É um evento realizado numa propriedade rural, promovido por órgãos de pesquisa e extensão – como a Embrapa, a Fundação MT, a CATI e outras. Ou por uma ou mais empresas que produzem e comercializam insumos para a agricultura e a pecuária. Ou, ainda, por um grupo de criadores ou praticantes de uma modalidade de plantio. Naturalmente, a propriedade escolhida, sendo ela como um todo um modelo de administração e produção ou não, tem, no mínimo, alguma coisa muito boa para ser vista pelos visitantes e ligada ao tema básico do dia de campo.

Num dia de campo a gente aprende bastante, pois as palestras são bem feitas (geralmente) e, verdade seja dita, a gente aprende até mais com as perguntas que se seguem do que com a própria palestra em muitos casos. Dúvidas são manifestadas e esclarecidas. Novas informações circulam e abrem novos horizontes pra gente, como produtores. Vemos ao vivo e a cores, o que é sempre muito melhor, lavouras, animais, equipamentos, em condições reais de uso, idênticas às que temos em nossas fazendas e sítios. E conhecemos pessoas.

Muito embora eu mesmo não possa ser catalogado e arquivado na gaveta dos que amam o próximo acima de qualquer coisa (o próximo geralmente me irrita, e me irrita ao cubo ou à enésima potência, se for um burro investido de autoridade), acho que conhecer outras pessoas é uma das melhores coisas da vida. Nesse dia de campo, mesmo, fui enriquecido com o conhecimento de pelo menos duas pessoas muito interessantes: uma pesquisadora da Embrapa – uma das palestrantes do dia – e sua família (marido e filhos estavam presentes), que, além de tudo, é vizinha do Sítio das Macaúbas (sete mil metros de porteira a porteira, bem menos que isso em linha reta), e um outro criador de Jersey, esse em Rio Claro, pequeno como eu. Ele morou muitos anos na Costa Rica, imaginem, país do qual tenho as melhores informações, tanto por uma amiga que para lá foi e se apaixonou, como por uma amiga, costarriquenha, que casou-se com um amigo brasileiro e hoje mora por aqui (que provação, né? – deixar um país tão civilizado politicamente para morar num país em que a política está na pré-história de qualquer coisa que conheçamos).
Nesse dia de campo aprendi mais sobre o manejo em rotação de piquetes para o gado. Aprendi, também, algumas coisas muito úteis sobre as malditas anaplasmose e babesiose, as pragas que provocam a tristeza no gado e levaram a Primavera. Um pouco tarde para aprender, mas não tão tarde para evitar novas dores no futuro. Melhorei meu conhecimento sobre o ciclo de vida e o combate aos carrapatos. Visitei, novamente, os piquetes da Fazenda Recreio, ao lado e antiga parte da Santa Maria, onde vi, também novamente, a ordenha e o trato das Jersey. Isso é sempre muito bom, pois a gente vê, compara, analisa. Aprende, de novo e sempre. E mais um monte de informações e dicas, muitas das quais não recordo agora mas que estão anotadas. E serão usadas em momentos futuros.


.

"- Que papo mais chato! Vai demorar muito?"

Nenhum comentário: