terça-feira, setembro 05, 2006

Reta final

O inverno entra em sua reta final em grande estilo.

Vários dias com temperaturas baixas e até algumas chuvas.

Em breve chegará a Primavera. Poucas vezes esperei por essa estação com tanta ansiedade.

Dias quentes, dias longos, dias chuvosos...

Anseio por ver o capim crescer vigoroso, verde, viçoso, alimentando as vacas e tirando minhas preocupações. Por algum tempo.

Há muito tempo eu venho temendo a aparição de secas tão prolongadas. Há dois anos, ao tentar planejar as atividades do sítio (aí o dinheiro acabou de novo e sem dinheiro... não há planejamento que dê certo), estimei produzir silagem para sete meses. Vagner, o agrônomo que me dá assistência, disse que era demais, cinco meses estaria de bom tamanho. Esse ano mostrou que cinco meses é pouco e sete é bom.

O comportamento do tempo tem sido errático demais nos últimos anos, o que é muito preocupante.

Não estou certo, ainda, que isto se deva à ação humana, não pelo menos na totalidade. A verdade é que pouco conhecemos dos processos climáticos, que são, eles sim, globalizados. Nosso conhecimento a respeito é muito limitado, ainda. Por outro lado, a história mostra que já tivemos no passado alterações climáticas significativas, e o homem pouca coisa era a mais que um macaco sem pelo, com reduzido poder transformador sobre a natureza.

Um período seco, com a conseqüente falta de água, a redução da umidade do ar, o desconforto e o aumento de doenças provocadas por essa situação, mostram a fragilidade dos sistemas que sustentam nossa vida, que sustentam toda a vida do planeta.

Felizmente, é uma fragilidade aparente.

O termômetro da varanda marcava 6 graus há pouco, e caindo. Ontem cedo, terça-feira, a temperatura perto das oito horas da manhã era de 5,5 graus centígrados.

A Lua está cheia, brilhante, bonita.

Uma linda noite de inverno.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Um súbito mau tempo ontem me fez pensar nessas mesmas coisas...
Uma da manhã, queda de luz na cidade, vento em direção nao habitual e muito forte, e uma claridade-azulda incomum. Ui! Dormi com uma vela acessa ao lado da cama. Nao era para nenhum santo. Era pra, no caso de ter que sair correndo, achar as pantufas.
Nana.