Domingo é dia de votar. Esta será, tenho certeza, a eleição mais importante desta república no pós-guerra. A menos de 48 horas já da abertura das salas com as urnas, a impressão é que o resultado já é conhecido. Espero, sinceramente, que não. Espero que a decisão vá para o segundo turno e esse país tenha mais uma oportunidade para pensar e se repensar.
Nesse momento, falar em ética e honestidade parece uma coisa totalmente sem sentido, parece um discurso vazio, contrário à natureza, pois nada mais abriga que o nada, o vácuo. A prática política de Luiz Inácio Lula da Silva, que prefiro chamar de lulla da Silva, reduziu-nos a isto. Parece que vivemos um momento, que espero passageiro, de amoralidade. Um momento em que o impossível se torna corriqueiro no dia-a-dia. Para quem lembra ou para quem, por algum acaso, consulta um jornal ou uma revista de 2001, 2002, e compara com o que aconteceu nesses últimos quatro anos, o choque é uma brutalidade.
Assassinatos, roubos, falcatruas, acordos políticos onde a sujeira aparece acima de tudo, extorsões, enfim, todos os capítulos piores e mais indecentes do código penal parecem ter sido contemplados pela prática do governo lulla da Silva e do PT.
A começar pelos incríveis – no sentido de impossível acreditar – assassinatos dos prefeitos de duas das maiores e mais ricas cidades brasileiras, ambos do mesmo partido ora no poder. E prosseguindo mandato afora, com assessor de primeiro escalão achacando contraventor, ministro organizando a compra de votos com dinheiro saído do Tesouro Nacional, recursos não-identificados usados em campanhas eleitorais, pagamentos em moeda de outro país de fonte desconhecida, e por aí vai.
O governo lulla da Silva é, na verdade, uma boa cartilha de introdução ao crime. Sua história precisa ser contada e analisada nas faculdades. Mas não nas de história ou sociologia, e sim nas de direito, mostrando aos futuros advogados, promotores e magistrados, como um governo agiu à margem da lei e dos princípios (supostos) éticos e morais de toda uma sociedade.
Eu confesso que não tenho mais estômago para ver e ouvir esse presidente. Não consigo. Há pessoas que vão mais longe: ficam nauseadas, tão grande é a irritação e o desconsolo por sabe-lo presidente dessa nação. Tenho vergonha, não por ele, mas por nós, brasileiros, que o elegemos. O fato de não ter votado nele é irrelevante, pois sou brasileiro e os brasileiros, majoritariamente, elegeram-no.
Pode ser que essa figura infeliz de nossa história vença. É bem possível, quase provável. Paciência. Seguirei respeitando o desejo da maioria, mesmo que lamentando profundamente. Se eleito, ele o será pelos votos de quem nada tem, a começar por estudo, e pelos votos de uma parcela da população iludida e perdida em devaneios.
Temo pelo futuro.
Até porque, mesmo eleito, lulla da Silva estará sub judice, aguardando decisão do Tribunal Superior Eleitoral, por conta das recentes atividades criminosas de seus principais assessores pessoais, além de seu coordenador de campanha, também presidente de seu partido.
E mesmo que nada resulte desse julgamento, seu governo (se acontecer) estará manchado pelo crime, pela maracutaia, pela sem-vergonhice, pela baixeza. No Congresso, com toda a certeza, o bombardeio de S.Excia. e suas ações será constante, permanente.
E esse país perderá mais quatro anos, no mínimo, em sua lenta e arrastada corrida rumo ao futuro. Aquele ao qual pertencemos e nunca chegamos.
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Um comentário:
Estou muito confiante no segundo turno, Emerson. Vamos pensar positivo, amigo. Se conseguirmos levar a disputa ao segundo turno, virei brindar aqui no blog. Prepare as taças! :)
Abraços
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