quarta-feira, setembro 07, 2005

Sobre "tudo isso que está aí"


Está difícil escrever sobre “tudo isso que está aí”, confesso. Quando vou escrever alguma coisa, o tamanho do monturo de esterco, a profundidade do mar de lama é tamanha que desisto.

E agora? Até Severino, quem diria. Ele que, a princípio, passou a imagem de bronco porém honesto, amigo dos amigos, introduziu Dona Amélia na cena pública e seus bolos de fubá ficaram famosos. O Moreno saboreou-os, contou em seu blog e deixou-me com vontade, pois adoro bolo de fubá e uma caneca de café com leite. Será que Dona Amélia sabia que o fubá de seus bolos vinha do restaurante da Câmara? Será que até ela?

Mirem, estou tendo um grave ataque da síndrome conhecida como “Morte da Velhinha”.

Sempre "soubemos" que o Congresso Nacional é uma casa suja, que seus membros se distinguem de presidiários apenas por estarem em liberdade. É a impressão geral que sempre se teve dessa gente em quem, sabe-se lá porque, votamos. Assim como sempre se "soube" que a prefeitura de Ribeirão Preto já era um antro de negociatas. Sempre se "soube", nunca se provou. Apesar, porém, desse "saber" eterno, meio intuitivo, é muito triste quando provas vêm à superfície. Desculpem a imagem, mas é como tomar uma sopa "sabendo" que a cozinha do restaurante não é lá essas coisas, mas a sopa parece ok. De repente, lá do fundo do prato, emerge uma barata asquerosa.

O único jeito é correr ao banheiro e vomitar.


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