sexta-feira, junho 17, 2005

O dia, o futuro...

Colha o dia, não confie no futuro.
Horacio


Parece que desde sempre é difícil pensar e planejar o futuro na Terra de Vera Cruz. Por isso, além de sábias, são oportunas essas palavras de Horacio, poeta romano que viveu há 2.000 anos. Há quem pense ser morto o passado. Puro engano. O passado explica o presente e nos prepara para o futuro. Basta saber interpretá-lo. Nesse momento, e essa é a minha opinião, é a minha visão, é a minha interpretação, o passado dessa república tupiniquim me indica que o melhor, mesmo, é seguir o poeta romano: colher o dia, sem confiar no futuro.

Não é uma boa frase para as empresas de previdência privada. Tampouco para o ministro da fazenda, qualquer que seja ele, todos sequiosos de ver mais e mais recursos nos bancos e no BC, comprometidos com o futuro, com a casa própria, com o apartamento na praia, a faculdade dos filhos, a viagem pras oropas em segunda lua-de-mel, o carro pra filha que entrou na faculdade, ou simplesmente recursos guardados para prevenir azares futuros, coisa em que a vida costuma ser pródiga. Recursos que os ministros da fazenda comprometem, sempre, com a sustentação do presente sempre mambembe dessa república nhambiquara infestada por tabajaras. (Tabajara – tupi-guarani: senhor da aldeia.)

Inclusive por tudo isso é que é melhor mesmo não confiar no futuro.

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2 comentários:

Anônimo disse...

E quando o dia não tem nada pra ser colhido? Como fica?

Anônimo disse...

E quando o dia não tem nada pra ser colhido? Como fica?