A gaiola deixa o porto de passageiros em Porto Velho.
Tarde de sábado, muita gente voltando pra casa.
Lentamente, ela cruza a frente do empurrador, acompanhada pelo radar e pelo olhar do comandante.
Nessas horas, ao contrário das noites sem luar ou dos muitos dias e noites com chuva, o radar é quase um enfeite.
Ela vai subir o Madeira, alcançando pequenas vilas e comunidades à beira-rio.
Buscando, sempre, o lado mais limpo do rio, procurando fugir dos troncos e galhos traiçoeiros que descem o Madeira.
Navegando rio acima, não se pode ter muita exigência com o tempo. A primeira chegada, o primeiro destino, só será avistado quando nascer o próximo dia.
Enquanto isso, é ajeitar as coisas, armar a rede, cuidar da vida.
Duvido que alguém esteja vendo algo assim tão banal...
Como esse por-de-sol sobre as águas do Madeira.
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Um comentário:
Que bela viagem, Emerson. Maravilha.
Encontrei este site e pensei logo em vc na fazenda:
http://www.yannarthusbertrand.com/yann2/affichage_bestiauxAutre.php?reference=BB-019&pais=Bovins
com fotos do fotógrafo Yannarthus Bertrand, que tem belíssimas fotos aéreas do nosso planeta:
http://www.yannarthusbertrand.com/
Abraços,
Tom Taborda
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