Um Olhar Crônico sobre os dias de hoje e alguns de ontem. Um Olhar Crônico sobre a vida nas cidades, a vida na megalópole, a vida na roça, quando é dura, e no campo, quando é lírica. Textos, Idéias & Coisas diversas, aquelas que passam pela cabeça e a gente acaba registrando, sabe-se lá pra que ou mesmo porquê.
quarta-feira, março 15, 2006
Um rastro de sangue...
Um rastro de sangue...
... y otras cositas más
Depois do assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André, nada menos que 7 pessoas com diferentes ligações com sua morte também morreram. Algumas, claramente assassinadas, ou nem tanto, oficialmente, como o legista que autopsiou seu corpo, cuja morte ainda está cercada de mistério.
Dizem que sete é conta de mentiroso...
Dias atrás, um dos irmãos de Celso Daniel abandonou o Brasil, junto com a família. Exilou-se, em local incerto e não sabido. Ao contrário de muitos exilados nos anos de chumbo, essas pessoas não contam com guarida oficial ou o olhar generoso de autoridades de outras terras. E como poderiam? Afinal, estão se exilando por conta de um golpe publicitário, no dizer de autoridades governamentais. Mas nada há de publicitário no medo e nas ameaças que a família Daniel vem recebendo há muito tempo.
Ontem, a Secretaria de Segurança divulgou que o “bonde” (nome dado pelos presos aos carros de transporte que levam-nos para os fóruns) que transportava 14 detentos na volta de uma audiência, foi metralhado. Nenhum morreu, pois o motorista do “bonde” conseguir fugir. Os agentes penitenciários acharam isso muito estranho, afinal, não se tem notícia de tiros em carros de transporte de presos. Nos casos de resgate de bandidos presos, os meliantes em liberdade não atiram no carro, justamente para não correr o risco de atingir e matar os companheiros aprisionados. E aquele transporte não tinha nenhum líder de bando ou coisa que o valha, que justificasse um atentado por vingança. O motivo para os tiros apareceu quando checaram as fichas dos passageiros: dois deles estão ligados ao assassinato do prefeito Celso Daniel, faziam parte do bando que o seqüestrou e assassinou, a mando, ao que tudo indica hoje, do “Sombra”.
Muito bem, com isso o número de vítimas e quase vítimas sai de sete, conta de mentiroso, e passa para nove. Agora podemos dizer que nove pessoas ligadas ao assassinato do prefeito morreram violenta e misteriosamente ou sofreram tentativas de assassinato. Sem contar a família ameaçada e exilada.
Quando o caseiro abriu a boca...
As autoridades tupiniquins não conhecem história. Não conhecendo, incorrem em erros crassos, reproduzindo a história e dando com seus burros n’água.
Se conhecessem a história dessa república bananeira, saberiam que motoristas, caseiros, secretárias e prostitutas, bem como ex ou atuais esposas, são seres terríveis quando abrem a boca. E nesse momento, em Brasília, temos alguns representantes de algumas dessas categorias falando ou querendo falar ou dizendo que vão falar.
Dona Jeanny Mary Corner, que não se perca pelo nome, ameaçou botar a boca no trombone se não recebesse alguns agrados monetários. Posteriormente, dona Jeanny tentou desmentir o dito, mas era tarde, pois o dito já estava registrado e ela própria, ainda que indiretamente, traída pelos meandros dessa última flor do Lácio, confirmou o que “desconfirmara”. Seu lucrativo agenciamento de meninas para festas íntimas e muito privadas evoluiu e as meninas entraram no ramo de distribuição de valores, também. Eitcha, povinho mais criativo esse!
O caseiro que tomava conta da mansão abriu a boca direitinho. Ao ver seu nome e o da mulher mencionados pelo motorista que atendeu ao ministro da Fazenda e curriola, e instado pela mulher, botou a boca no trombone. Nem falo do que ele falou porque esse texto ficaria ainda mais longo. Dessa vez, porém, o ministro da Fazenda ficou mais sujo que pau de galinheiro. Na verdade ele já estava sujo assim, mas todo mundo fingia não ver e tampouco sentir o cheirinho nojento que dele emanava. Agora não dá mais pra fingir não saber ou não sentir.
Um motorista e uma Fiat Elba derrubaram um presidente. Um caseiro derrubará outro?
Espantalhos
O governo dos companheiros é um governo sedento. Vai, sempre, com muita sede ao pote, chame-se o pote de burras do Tesouro ou chame-se o pote de... burras do Tesouro. Sim, é sempre a mesma coisa ao fim e ao cabo, tudo resume-se ao vil metal extorquido pelas autoridades constituintes dos que trabalham e produzem e redistribuído entre os que nem trabalham e muito menos produzem. Esse governo também é sedento de outras coisas, mais líquidas que as coisas nas burras armazenadas, mas isso é outra história sobre a qual é melhor eu me calar, para não correr o risco de ser expulso da Terra de Vera Cruz, como tentaram fazer com um cara com as costas muito mais quentes que as minhas.
Desviei-me. A sede dos companheiros vai além, vai além. Vai além do poder e vai além das biritas, chegando à eternização. Isso mesmo, os companheiros querem eternizar-se no poder. Segundo o insuspeito deputado Fernando Gabeira, entre muitas outras fontes, o governo “cidadão” já nomeou mais de quinhentos mil companheiros ou simpatizantes para os mais diversos cargos na república. O sinônimo de quinhentos mil é meio milhão. Portanto, o governo cidadão já nomeou mais de meio milhão de companheiros e simpatizantes. Como poderá governar o próximo presidente?
Ah! O próximo Presidente
Ontem, em São Paulo, foi fechado o nome do governador Geraldo Alckmin para concorrer à Presidência da República.
Sinto o retorno da espoliada e injuriada palavra “Esperança” à ativa.
Dessa vez com base e conteúdo adquiridos ao longo de doze anos à frente do governo do Estado de São Paulo. Brilhantemente adquiridos, diga-se de passagem.
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