quinta-feira, março 23, 2006

“... um pouquinho de Brasil, iá iá...”


Ligue o som, coloque o cd com essa música tão gostosa:

“Isto Aqui O Que É? - Ary Barroso (1951)


Isto aqui ô ô

É um pouquinho de Brasil, á á
Deste Brasil que canta e é feliz
Feliz, feliz
É também um pouco de uma raça
Que não tem medo de fumaça ai, ai
E não se entrega não
Olha o jeito nas cadeiras que ela sabe dar
Olha o tombo nos quadris que ela sabe dar
Olha o passo de batuque que ela sabe dar
Morena boa que me faz chorar
Põe a sandália de prata
E vem pro samba sambar.”

O jeito é sambar mesmo, senão vejamos...

Faturando para pagar as obras

Em Vinhedo ou Valinhos, sempre confundo, mas como são vizinhas não tem problema, um amigo que reside num dos muitos condomínios daquela região tão bonita quanto gostosa, contou-me que breve terá um novo vizinho, que no momento ergue portentosa casa no condomínio, vira e mexe visitada. O futuro vizinho do meu amigo? É o nosso ex-primeiro-ministro, o popular Zé, instado a abandonar o governo pelo não menos popular Roberto Jefferson, lembram dele?

Aliás, recentemente ainda, depois de deixar o governo e depois de ser cassado por seus pares no parlamento, o ex-primeiro-ministro foi para a Europa com sua mulher. Em primeira classe. Para quem nunca trabalhou na vida, gasta bem nosso parlamentar cassado. Posteriormente, ele disse que viajou com crédito de suas muitas milhas voadas a serviço do governo. É, faz sentido, faz sentido.

Agora, vejam só o que o Noblat publicou:

“O ex-ministro José Dirceu fatura como "conferencista" internacional. Nesta quinta-feira (dia 23) à noite, fará palestra em Salamanca (Espanha) sobre "Brasil, integração na América do Sul e com Europa de hoje".
A conferência é promovida pelo Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca, mantido em parte com recursos do governo brasileiro.“

Bom, se é o governo brasileiro que mantém, parcialmente, esse Centro de Estudos, então é o governo brasileiro que está pagando, parcialmente, o cachê do ex-primeiro-ministro. Gostaria de saber a quanto monta tal cachê. Afinal, o lugar de onde sai o parcial tupiniquim todos nós sabemos qual é. Resta saber quanto está saindo.

Ah, e é claro, sabemos, também, para onde deve ir o dinheiro, né, afinal, casas portentosas costumam custar os olhos da cara e mais algumas coisas. Mas é sempre uma forma de redistribuir a renda, coisa tão a gosto do ex-ministro.


“Vem pra Caixa você também! Vem!”

Eu, hein? Cliente da Caixa? Tô fora! Até parece que vou ser cliente dum banco que abre meu sigilo bancário pra qualquer um. Vai que fazem isso e descobrem... Hummmm... Deixa pra lá. Basta dizer que dessa Caixa quero distância.

Comentam os que tudo sabem, mas nada divulgam para nós, os mortais comuns, que uma vice-presidente da Caixa estaria ligada à quebra do sigilo do caseiro da República de Ribeirão. Curiosamente, essa senhora é casada com um assessor especial da Presidência da República.

Incrível como os casais parecem funcionar bem em Brasília, não? Lembram-se que a esposa do ministro do STF que impediu o depoimento do caseiro Francenildo na CPI é assessora não-lembro-das-quantas no Ministério da Justiça, para onde foi nomeada depois da indicação de seu marido para o Supremo pelo presidente lulla da Silva?

Quando o regime militar caiu e ia assumir Tancredo Neves, depois substituído pelo companheiro Zé Ribamar, muitos companheiros de militância ficaram meio alvoroçados por aqui, babando por um carguinho público qualquer. Lembro-me que houve até alguma conversinha envolvendo meu nome, à época um bravo militante do Partidão, devidamente abrigado no PMDB. Cortei de cara. Nunca tive estômago para essas coisas e cargos. Mas falei, meio brincando, meio sério, que a única coisa que me faria feliz seria uma assessoria bem legal na área de comunicações da Petrobrás ou da Vale Rio Doce. Bobo, eu, né? Bom mesmo é ser assessor.


Fazendeiro de sucesso

Soube de fonte segura que executivo de multinacional de telecomunicações, personagem de algumas páginas da revista Veja, naquelas matérias bombásticas sobre dinheiro mudando de mãos em reuniões misteriosas, comprou bela fazendinha no interior paulista, pagando cash. Que beleza...

Tem áreas bem interessantes para se fazer carreira no mercado, né? Telecomunicações é uma das melhores, a julgar pelo que ganham seus executivos.

Delubio também comprou fazenda, em Goiás, e por ela pagou cash. Ah, como deve ser bom comprar tudo cash, né?


Hora do almoço de 4ª-feira...

E até agora, nada. Jorge Mattoso, presidente da Caixa e homem de confiança de dona Martaxa, antes Suplicy e agora Fabre, mas ainda Suplicy por conta do eleitorado que não saberia quem é a Sra. Fabre, continua presidente da CEF. Aliás, perguntado a respeito, lulla da Silva, presidente da República (a do Brasil, não a de Ribeirão), nada respondeu. Elegância e respeito à democracia sempre, claro.

A CEF, nessa era informatizada e informações instantâneas, ainda não “descobriu” o autor da emissão do extrato da conta do caseiro Francenildo. Mesmo aparecendo na folha de extrato o código do emissor e o horário. Até eu, ignorante em informática, já teria descoberto o bandido em dois tempos.

Na verdadeira zona que é esse governo e em que se transformou a bela Brasília, ou parte dela, para ser mais correto, um senador oposicionista (só podia... hehehe) denunciou que o Banco do Brasil teria mandado uma equipe de especialistas em informática para a Caixa, com a missão de apagar os registros referentes à quebra do sigilo do caseiro Francenildo.

Hummmmmm... Meio fantasiosa essa coisa, meio fantasiosa. Todavia, nada era mais fantasioso que o partido no poder ser despido de ética, moral e honestidade. E, entretanto...


A vida segue... Sem o ministro

O presidente lulla da Silva foi à reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Foi sozinho, pois a outra figura de maior importância do Conselho, o ministro da Fazenda, continua sem mostrar a cara em público.

Por vergonha tardia?

Ou será que foi chamado às falas dentro de casa?

Mas isso é da vida privada do ministro, e se quando ele por lá aparecia, também apareciam algumas mocinhas, sendo uma delas, ao que consta, a Carla, por quem um dos membros da República de Ribeirão caiu de amores, abandonando família e ficando de vez com a moça, e se lá dentro o ministro participava de reuniões, enfim, como já disse e como a oposição respeitou, isso é da vida privada do ministro, mesmo que a casa, o dinheiro para sua manutenção, o din-din para manutenção das moças e outros eventuais dinheiros tenham vindo das burras públicas.

Ah, se aqui fosse um país civilizado, um país como a Inglaterra, por exemplo. Que festa nossos jornais sensacionalistas não estariam fazendo com essas figuras tão destacadas de nossa vida política.

Mas o ministro não ir à reunião do Conselho é o fim da picada, né? Mesmo que esteja com o rosto marcado por espinhas, vai saber.

Para que, então, ele continua ministro? Contar tempo para a aposentadoria?


Emerson

P.s.: o baixo nível desses textos é um reflexo direto “disso tudo que está aí” e do qual não consegui fugir; lamento.


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Um comentário:

Anônimo disse...

Olha que isso dá um bom filme: "Bandidos e Compadres". :o)

Te repasso o direito autoral, na boa, sem custo. Pode usar.