segunda-feira, outubro 24, 2005

Referendo para trás, ações para a frente

Já é história. Nada menos que 64% dos eleitores votaram NÃO à proibição do comércio legal de armas e munições. Um resultado espantoso, essa é que é a verdade, muito além do que sonhavam os defensores do NÃO e muito, muito pior do que os defensores do SIM projetaram em seus piores pesadelos.

Por causa disso, ninguém vai sair correndo até uma loja e se armar. Longe disso. Os entraves e dificuldades para a aquisição de uma arma-de-fogo são muitos e grandes, ao ponto de exigir a presença do profissional brasileiro por excelência, o despachante. Isso encarece ainda mais a compra, que já é caríssima em função dos impostos abusivos, extorsivos mesmo, a que o estado brasileiro nos submete.

Infelizmente, apenas uma pequena parcela desse universo de eleitores do NÃO assim o fez em função da defesa do direito de uma pessoa defender-se e defender sua família e propriedade. A imensa maioria dos eleitores do NÃO enxergou nele um jeito de dizer ao estado brasileiro o quão cansados estão da patifaria, da falta de segurança, da corrupção, da bandidagem que faz e acontece e fica por isso mesmo.

A grande questão que se coloca agora, questão real, concreta e que tem a ver com a vida diária de todo brasileiro, ao invés da questão esdrúxula do referendo, é o que o atual governo vai fazer na área de segurança. Até esse momento nada fez, ao contrário das intensas atividades em comunicação e marketing próprio, gerando faturamento de muitos e muitos milhões, centenas de milhões de reais em faturamento para agências de propaganda, gráficas, editoras, emissoras, produtoras...

Enquanto a verba de míseros 170 milhões de reais para programas de segurança foi contingenciada e sumiu, só o superfaturamento na SECOM do companheiro Gushiken é estimado em 15 milhões de reais. Que não é nada, não é nada, já é nada menos que 10% da verba contingenciada.

Com a palavra, o governo lulla da Silva. Ou melhor, palavras, e vazias, são as únicas coisas que esse governo produz. Então, com a ação o governo lulla da Silva.

Contudo, como esse é um governo de inação...

.

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso sem falar que o país deu um baile no oportunismo político, deixando alguns vira-casacas desnorteados. :)