domingo, maio 22, 2005

14 mm!



Dormi pesado, estava cansado. Aliás, dormi cedo demais. Acordei pouco depois de uma hora da manhã. Tudo quieto no sítio. O jeito foi ler até o sono voltar, retorno que até aconteceu, mas não posso dizer o mesmo da Sophia, que saiu pra ir ao “banheiro” e aproveitou pra dar uma esticada na balada da roça. Deve ter encontrado um ou mais ratinhos e feito a festa. Antes de voltar pra cama, fui olhar o céu. Finalmente, um céu sem estrelas, nuvens escuras escondendo a lua cheia. Alvíssaras. Às 02:59 o primeiro galo cantou. Mas antes bateu as asas espalhafatosamente, me pregando baita susto enquanto, distraído, olhava o céu na ponta da varanda. Em seguida, o vento começou. Vento com cara de chuva. Fui dormir esperançoso.

Acordei tarde, perdi a hora. Lá fora, algazarra pura. As galinhas-d’angola – só 4 - faziam muito barulho. Tanto que nem percebi, no começo, um outro barulho pelo qual ansiava: a água caindo no telhado. Santo barulho! Quando as cocás silenciaram, pude ouvi-lo melhor. Melodia para meus ouvidos. Chuva miúda, mas intensa, sem despropósitos, sem cachoeiras ou rompantes tempestuosos. Chuva molhadeira, boa pra terra, pra lavoura, pro pasto, pra mata, pra bicharada toda.

A muito custo, confesso, deixei de lado esse prazer primevo, me troquei e fui pra fora, direto pro pluviômetro: 14 milímetros! Que maravilha. Não esperava por tanta água. O céu encoberto e carregado em todos os quadrantes deu a garantia de mais chuva. E assim foi o domingão: molhado e perfeito. E a promessa para amanhã é de mais chuva. É como eu digo: melhor que isso, só dois disso! Que venham muitos outros milímetros.

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Um comentário:

Emerson disse...

As boas novas continuam. Não, o Brasil não mudou, ainda, mas a previsão é de chuva - 23 mm - 4a-feira, no sítio. Melhor que isso, só dois disso!