domingo, junho 24, 2007

O Amor Não Tira Férias – The Holiday


Começou a temporada de reprises nos canais pagos. Essa praga é inevitável, da mesma forma que a presença de um certo leão. Mas se esse felino só incomoda uma vez por ano (e já é demais), as reprises nos canais pagos são mais chatas e persistentes, assim como as legendas erradas ou totalmente fora de posição. Quando chega essa época, é também chegado o momento de visitar a Blockbuster próxima de casa.

E lá fui eu em pleno sábado, meio esperançoso de encontrar algo digno de ser assistido sem ser algum filme “cabeça”. Desses, francamente, já tive a minha cota estourada há muito e hoje quero distância deles. Mas dou a maior força para quem gosta deles. Acho que ir à Block duas vezes por ano é o ideal. Bom, para mim com certeza, já para eles isso é terrível, paciência. A prolongada ausência permitiu-me achar mais de dois filmes interessantes. Na verdade, vi uns quatro ou cinco, mas só peguei dois. Um, ainda não visto, mas do qual nada espero demais, apenas boa diversão,foi o filme sobre diamantes africanos e o muito de sangue, suor e lágrimas que cercam a exploração e comercialização dessas pedras. O outro foi um filme que passou meio despercebido e, posso dizer agora, de forma muito injusta: The Holiday, ou “O Amor Não Tira Férias”, na tradução. Ora, para um final de semana sossegado nada melhor que uma comédia romântica para fazer companhia ao filme de ação. E se é um filme com a assinatura Nancy Meyers, pode-se ter a certeza de ver um trabalho bem feito e competente. Nancy, assim como Nora Ephron (“Sintonia de Amor”, “Mensagem Para Você”) é uma especialista e uma artesã na criação e direção de deliciosas comédias românticas. É dela o excelente “Alguém Tem Que Ceder” – “Something`s Gotta Give” – com Jack Nicholson e a maravilhosa Diane Keaton. E a turma do “Holiday” não é nada ruim, pelo contrário: Cameron Diaz, Kate Winslett, Jude Law, Jack Black e uma marcante e tocante participação de Eli Wallach.

Embalado por essa certeza e por esses nomes, peguei-o e fui pra casa.

É um filme longo, com 136 minutos. Mas não percebemos, sinceramente. Quando terminou a sensação foi de bem-estar, e o que mais desejar de um filme? Ah, sim, claro, podemos desejar aquela maravilhosa sensação de desassossego, ou de raiva, ou de profunda dor pelas dores dos habitantes do mundo, ou, ou, ou... Mas, nada disso, terminamos de ver o filme da Nancy e tudo que sentimos foi bem-estar e a vontade de um bom chocolate quente na cozinha. E foi o que fizemos, na quase meia-noite de sábado para domingo, noite de inverno com temperatura de começo de outono, mas ainda permitindo fazer e engolir a beberagem com bastante prazer.

Não vou contar o enredo. Se você não gosta de comédia romântica, ele será pífio, bobo e uma perda de tempo para nós dois. Se você gosta, pegue-o na locadora e assista, pois vale a pena.

Só estou comentando porque, realmente, esse filme merecia melhor carreira do que teve.


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Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei seu comentario sobre
o filme,o amor não tira férias.Aconteceu exatamente
igual,comigo e minha familia..e olha que peguei este..por pura falta de opção.Parabéns..seu blog é
ótimo,simples..mas me fez
sentir em casa,entre amigos.