terça-feira, maio 22, 2007

Professeur Bové / Eu, rainmaker



Monsieur le Professeur Joseph Bové

Hoje foi um dia proveitoso em minha vida, ou melhor, mais proveitoso que a média, já que todo dia – por que não? – é proveitoso. Digo isso sobre hoje porque tive o prazer de conhecer o Prof. Bové, pesquisador, cientista na acepção da palavra, com muitos trabalhos e descobertas na área da sanidade vegetal, particularmente nas plantas cítricas.

O Prof. Bové é pai daquele desmiolado Bové – José Bové – que, levado por vagabu... ops, militantes do MST, invadiu a estação experimental da Monsanto em Não-Me-Toque, Rio Grande do Sul, totalmente destruída pelos bravos companheiros. José Bové foi candidato a presidente da França na recente eleição, embora sua candidatura tenha sido mais simbólica e geradora de propaganda do que propriamente para valer. Se Mme. Royal tivesse vencido, dava-se como certo que Bové seria seu Ministro da Agricultura. Vade retro...

Enquanto o filho destrói laboratórios, o pai pesquisa, estuda e contribui decisivamente para o progresso da ciência e, por extensão, do bem estar das pessoas. Coisas da vida, claro.

Bom, esquecendo o filho e falando do pai: ele vem regularmente ao Brasil há alguns anos, colaborando com o pessoal que trabalha na pesquisa de doenças que afetam as plantas cítricas, sua grande especialidade. Conversamos muito rapidamente, infelizmente, por conta das velhas coisas de sempre: sair correndo dum lado para o outro para gravar alguma coisa. Pena que nunca levei realmente a sério meu estudo de francês, pois teria sido muito interessante conversar com ele em sua língua nativa e não em inglês. Se bem que, para ser sincero, é ótimo conversar em inglês com outro não-nativo.

A gente se entende com perfeição.



Eu, rainmaker

Hoje me ofereceram emprego como chuveiro.

Isso mesmo, chuveiro, o cara que faz chuva, um fazedor de chuva.

Em língua corrente, um rainmaker, entenderam?

Pois é, basta ter gravação agendada, fazermos toda a produção, pega isso, pega aquilo, arruma aqui, ajeita acolá, trezentos, quatrocentos quilômetros de estrada, cansaço, quase nada de tempo para dormir e... Chuva! Logo cedo, abençoada e deliciosa chuva em pleno terço final de maio. Eu é que não vou reclamar, apesar dos atrasos no trabalho.

E dadas tantas coincidências – três vezes já – estão falando em meu nome como rainmaker, o fazedor de chuvas do pedaço. Se bobear, breve estarei recebendo convites para visitas estratégicas ao Nordeste. Com todo o prazer.


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