domingo, maio 27, 2007

Flores com macro, zoom e paranóia

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Começo de final de outono com cara e temperatura de alto inverno.

E ainda por cima úmido, com algumas chuvas bem satisfatórias.

Melhor que isso, só dois disso mesmo.










Sábado de manhã, sem poder ir pro sítio, pego a câmera nova e vou caminhar, aproveitar para testar a bichinha. Tarefa muito agradável, pois “descobri” como tirar o disparo do flash em toda foto no automático e, fundamental, descobri como acessar a lente macro. (Bom, não gosto de acessar, assim como abomino disponibilizar, mas às vezes, o jeito é usar.)


Caminho pelas ruas largas e bonitas da Fazendinha, como faço há anos. Paro e fotografo a toda hora.


0A lua já está alta no céu, quase cheia, e proporciona belas composições, como essa com as flores de uma espatódea.





Gosto das flores do “mato”, aquela montoeira de plantas pequenas que o povo chama indistintamente como mato.


No campo, são invasoras ou ervas daninhas, aliás, plantas daninhas, pois agrônomos e botânicos se aborreceram com o termo “ervas”.






Tá bom, tá bom, que sejam, então, plantas daninhas.






Mais uma bobagem semântica, mas deixa pra lá.

Bom, o mato brasileiro tem flores à bessa, muitas delas minúsculas, e fico me exercitando, mal, com a câmera na função macro.


Preciso de óculos para enxergar perto, mas não penso em mandar fazer um.


Bi-focal nem pensar.


Vira e mexe tenho que tirar meu óculos e olhar alguma coisa próxima só com o meu próprio par de olhos.



Coisa chata, mas, faz parte e, infelizmente, não me ajuda muito no foca, desfoca ao trabalhar com a câmera em situação de foto macro.






Apesar disso, algumas fotos até ficaram razoáveis, bem passáveis.











Esse ipê-roxo é mais um que vejo meio descontrolado, com flor antes do tempo, ainda com boa parte das folhas na árvore.


Creio que essa confusão deve-se às idas e vindas do frio e da seca.


No ano passado foi diferente: a seca muito prematura e uns arremedos de frio forçaram a florada dos ipês por toda parte no interior de São Paulo.




Provavelmente, essa arvore irá ter uma bela florada mais para a frente.



Não lembro o nome dessa flor, mas é bonita a danada!

















Em certo ponto da caminhada pára um carro da segurança ao meu lado.


- Oi, bom dia.


- Bom dia.

- O senhor tá fotografando, né? Nossa, um monte de gente já comentou comigo sobre o senhor;


- É mesmo? Curiosidade ou medo?



- Ah, com medo, né.



- Hahahahahahahaha...



- É, o pessoal fica pensando coisas...


- Pois é, mas não precisam pensar nada. Só estou fotografando flores e árvores.


- É, eu sei, eu já conheço o senhor. O senhor é morador, né?

- Sou vizinho, moro ali atrás do “Nicolau”, mas caminho por aqui há muitos anos.



- Eu sei, eu sei. Beleza, tem problema não.


- Poxa, muito obrigado.


Não consegui disfarçar a ironia, mas o segurança não tem culpa pela paranóia dos que lhe pagam o salário e a gasolina do carro.

Ao contrário das flores, a paranóia e o medo florescem o tempo todo por qualquer motivo.



Continuo caminhando e fotografando com minha nova câmera, minha mais nova paixão, com sua zoom poderosa. Agora, é só aprender a fotografar, aprender a usar direito a câmera e, claro, não vejo a hora de ir pro sítio.


Com essa zoom, ah, não vai ter passarinho que escape dela.


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2 comentários:

Maria Rita disse...

esta flor vermelhinha que não se lembra chama-se albysia e meu nome é Maria Rita... Muito prazer

Anônimo disse...

a flor vermelha com pistilho vinho nas pontas é a caliandra...amo.