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Contrariando um pouco a ordem natural das coisas, o Sítio das Macaúbas há muito estava conectado com o universo, particularmente nas noites escuras de inverno, sem luar e sem nuvens, a atmosfera limpa, mais transparente que o habitual, e toda a abóbada celeste tomada por estrelas, a Via Láctea destacada, deixando a noite tão clara depois de alguns minutos de acomodação dos olhos, que até sombras aparecem. Parado no meio do carreador, entre as mangueiras e araucárias, ou na beirada do pasto, meu olhar se perde nas estrelas e sinto que há uma ligação com tudo aquilo. Sim, há muito tempo o Macaúbas tem conexão com o universo.
E agora tem conexão plena com o mundo, esse mundo azulado de cocuruto ainda branco em que vivemos: a internet chegou!
Via rádio, banda larga, 128 kbps e, chique no úrtimo, wireless! – e confesso que para minha surpresa. Só falta, agora, o computador, um notebook, claro, afinal, deixar um micro em casa é pedir para perde-lo, mas sobre isso nem vale a pena pensar agora.
Instalando uma webcam no bichinho, poderei, por exemplo, escrever e mostrar em tempo real as vacas no pasto, desde que a câmera tenha zoom, claro. Mas isso é bobagem, há coisas muito, muito mais importantes. A começar pelo telefone, claro.
Entusiasmei-me, mas também, pudera, o motivo é justo. Tanto que explica e justifica escrever “abóbada celeste”.
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Um comentário:
Parabéns , Emerson, de Macaúbas para o mundo. Você está desculpado pela abóbada celeste. Abraços, Maria Helena.
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