No Macaúbas...
As notícias chegam do sítio razoavelmente molhadas. Chove bem nessa semana. Isso é bom, é ótimo, apesar do barro e da umidade que tudo recobre. Faz parte. Mas é importante, fundamental, mesmo, que as chuvas caiam regularmente até começo de abril, e que abril e maio não passem a seco, tampouco. São esses dois meses que fazem a diferença e algumas pancadas de chuva nos dois ajudam demais da conta.
O sol aparece, a temperatura está alta, tem nutrientes no solo, e o capim desanda a crescer e as vacas a comerem. Essa comilança de agora não vai ajudar a produção que está muito baixa, reflexo da seca e da comida que, se não foi pouca, deixou muito a desejar no quesito qualidade. Mas não importa, pois o negócio, agora, é recuperar energias e estado físico para uma boa parição e uma nova lactação em bom estado. Os reflexos de uma seca inesperada e intempestiva perduram por muito tempo. Na natureza, ao contrário das fábricas, financeiras e empresas diversas do mundo urbano, valem as leis da natureza com seus tempos próprios e, quase sempre, imutáveis.
Na China...
Um estudo inédito encomendado pelo governo chinês está deixando burocratas e plutocratas (sim, eles já existem lá), técnicos e cientistas com os cabelos em pé e os olhos arregalados (hummmm... essa foi para estragar o texto, mas, paciência...) por causa das previsões.
De acordo com o estudo, as mudanças climáticas provocarão alterações de grande monta não só no ambiente como também na economia chinesa. Se o ritmo de mudanças persistir, a China vai abrir a segunda metade desse século com perdas substanciais – previsão de 37% – na produção de carne, milho e arroz.
Eu diria que esse estudo é otimista ao datar essas perdas para o começo da segunda metade do século. Entre inúmeros indicativos perigosos, a desertificação avança a pleno galope em muitas áreas agrícolas chinesas. Há outros, não vale a pena ficar citando agora. O que esse estudo ignora é que, muitas vezes, fenômenos da natureza potencializam-se, como se escapassem ao controle, e subitamente aumentam sua velocidade e área de cobertura.
Algo me diz que não será bom negócio reencarnar como chinês.
Uma boa (quase)...
A Powernext Carbon, bolsa européia sediada em Paris que negocia créditos de carbono, bateu um recorde em dezembro: quase 6 milhões de toneladas negociadas, numa média diária superior a trezentas mil toneladas.
Not bad... but not enough.
A médio e mais a longo prazo, as compras de créditos de carbono poderão ser um auxiliar importante na preservação ambiental e no combate ao efeito estufa.
Primeirão, primeirão...
É verdade, esse foi o primeiro post do Ano da Graça de 2007.
Que ele seja molhado, que seja produtivo, que seja ameno, que o aquecimento diminua ou, pelo menos, não aumente, assim como o buraco de ozônio.
Um bom 2007 para todos.
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