quarta-feira, janeiro 24, 2007

Starbucks! Eu fui...

Sim, conseguiram tirar-me de casa em plena noite de sexta-feira. Pensando nas companhias agradáveis e nas boas conversas, cedi, e, temeroso, encarei a aventura de sair da Granja Viana e ir para o Shopping Morumbi no pior dia e no pior horário possíveis: a noite de sexta-feira.

Para minha surpresa, não tinha muita gente e estacionei no 3º piso, sem precisar chegar ao 4º e rodar meia hora à espera de uma vaga. Foi um bom sinal.

Dentro do templo, digo, do shopping, bastante gente, claro, mas nada excessivo, parecia até civilizado.

Por uma questão de gosto, optamos pela Starbucks anexa à megastore da Saraiva. Sempre gostei da combinação café & livros. Não tinha muita gente e, alvíssaras, descolamos simpática mesinha em aconchegante cantinho.

(Isso tá parecendo texto recusado de anúncio...)



Saudoso do “café americano”, pedi um tall para mim. É a menor embalagem e contém algo como meio litro de café. No copo fechado e com um protetor para as mãos devido à temperatura, o café se conserva quente e gostoso por muito, muito tempo.

Eu disse gostoso?

Xiiiiiii, escapou!

Mas é verdadeiro. É um café “aguado”, mas não é bem assim. A verdade é que eu até gostava desse troço e foi bom tomar de novo. É o meu novo “uísque de festa”, aquele copo básico com 19 pedras de gelo e dois dedinhos de uísque, que me mantém com as mãos ocupadas e enturmado em qualquer festa ou coquetel ou assemelhado. O tall da Starbucks é quase isso: fica ali, gostoso, quentinho, duradouro, aquecendo a boca e a conversa. Nem preciso dizer que o ar condicionado do Shopping funcionava às mil maravilhas, e nada como um bom café pra espantar o frio.

A Rosa e o casal de amigos que conseguiu a proeza de tirar-me da caverna, digo, de casa, tomaram outros cafés, mais elaborados, mais isso, mais aquilo. Simples e troglodita como sou, dei-me por satisfeito com o meu “americano” puro. Mas beberiquei o capuccino, muito saboroso. E belisquei o muffin de mussarela de búfala, também muito bom.

Enquanto passava os olhos pelos folders bonitos, informativos e elegantes, pensei que a Starbucks poderia comprar só leite de vacas Jersey e agregar mais valor aos seus produtos: cafés finos com leite de Jersey, o melhor leite do mundo.

O pessoal é bem treinado e muito gentil, nem parece que trabalham em empresa americana. Ah, é verdade, é americana, sim, mas está no Brasil e são brasileiros. Está explicada a gentileza. Não que americanos não o sejam. Bom... Não são mesmo, mas são eficientes e objetivos, um tipo de gentileza com o qual não estamos acostumados, criados que fomos à base de salamaleques e rapapés.

E o ambiente... Ah, o ambiente... Bom demais, foi a moldura perfeita pra mais de hora de conversa, durante a qual falamos mal do governo, criticamos nossa história e formação, falamos do futuro e outras coisas assim gostosas. Por incrível que pareça, nada disso estragou o sabor dos cafés e muffins.

A Starbucks está aprovada. Pena que fique dentro de um shopping e não tenha aquele charme próprio de uma cafeteria numa rua do Upper East Side, mas nem tudo é perfeito, né?

Em tempo: não, leitora amiga, leitor amigo, não me critique, não diga que isso é coisa de paulista. Você também irá tomar café numa Starbucks na primeira oportunidade possível. Pensa que eu não sei?

Bom final de semana prolongado pros paulistanos.

E bom meio-de-semana pra quem não é de São Paulo.

Ops!

Parabéns, São Paulo, felicidades e muitos anos de vida e coisa e tal.


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