segunda-feira, dezembro 18, 2006

Sem assunto


A tela se ilumina e o espaço em branco aparece, apenas esperando pelas palavras que povoam minha mente e querem sair em busca do papel que já não existe, ou, então, apenas mudou de forma.

Os assuntos são muitos, tantos que chega a ser difícil escolher um. E tem para todos os gostos. Por exemplo, a vergonhosa atitude dos parlamentares concedendo-se um imoral – ou amoral? – aumento de quase 100% em seus vencimentos que já eram, digamos, generosos.

Tem, também, o aquecimento global, tema terrível que parecia ficção, depois parecia coisa para um futuro longínquo e que nunca chegaria, pois antes dele a ciência dar-nos-ia novas respostas e soluções. Depois ele passou a ser ameaça futura mais próxima, mas geograficamente muito longe dessa idílica Terra de Vera Cruz. Agora, o aquecimento está batendo às nossas portas e. ao olha-lo, percebemos que tem passaporte com passagens e paragens no mundo todo. Algo precisa ser feito e já.

A internet diz que a casa de um dos assassinos que incendiaram uma família, ainda viva, foi pichada com ameaças e ofensas. Amedrontada, a família mudou-se. Os assassinos também mudaram-se, foram transferidos para outro presídio. A crueldade dessas mortes é inaudita, é algo impossível de ser entendido. Por mais que pense e tente ser racional e civilizado, tudo que penso é que os dois assassinos devem morrer da mesma forma, e já, quanto antes melhor. Têm que ser justiçados. Precisamos da barbárie para salvar a civilização. O que resta dela, pelo menos.

No Japão, em Yokohama, mais um time brasileiro conquista o título mundial de clubes. Há um ano, exato, eu mesmo vivia essa emoção intensa, única, fantástica. O futebol faz bem às nossas almas feridas.

A China continua tomando mercados e diminuindo nosso comércio externo. Não demora e só teremos grãos e outros produtos agrícolas para exportar.

É tanto assunto que me vejo sem assunto e em dúvida: jogo freecell ou desligo o computador e vou dormir?

Vou dormir. Boa noite ou bom dia, ao gosto.


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