Um Olhar Crônico sobre os dias de hoje e alguns de ontem. Um Olhar Crônico sobre a vida nas cidades, a vida na megalópole, a vida na roça, quando é dura, e no campo, quando é lírica. Textos, Idéias & Coisas diversas, aquelas que passam pela cabeça e a gente acaba registrando, sabe-se lá pra que ou mesmo porquê.
terça-feira, janeiro 17, 2006
De volta ao Mato Grosso...
Finalmente, voltarei ao Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. Tudo isso, naturalmente, se o tempo permitir. Amanhã, quarta-feira, iremos para Cuiabá e, de lá, numa pickup com tração nas 4 rodas, seguiremos para o Noroeste matogrossense, área de muita soja, área de vastos cerrados em boa parte já transformados em lavouras de soja e milho.
Nessa viagem vou rodar bastante, literalmente. Avião, mesmo, só de São Paulo para Cuiabá e depois de Porto Velho para Manaus ou Itacoatiara. E, claro, de volta para São Paulo. Há, também, a possibilidade de descermos o Rio Madeira num comboio até Itacoatiara. Mas não creio, pois o rio ainda não está com toda a água, como ocorre em março e abril. No auge da cheia, a viagem Porto Velho/Itacoatiara demora pouco mais, pouco menos de 50 horas de navegação ininterrupta. Nesse momento, esse tempo está girando ao redor de 70 horas de navegação. O comboio desce o rio com menor velocidade e maior cuidado, pois há bancos de areia, pedras e as curvas ficam mais apertadas. A profundidade média não é grande, ainda. Na cheia, ela varia entre 16 e 24 metros no canal, e é um canal muito largo. Com isso, a importância do radar fica limitada à detecção dos troncos muito grandes. No ecobatímetro a coisa é até monótona, com a marcação permanente de grandes profundidades. Agora, não, tudo é diferente e o clima na cabine de comando se não é tenso tampouco é tão tranqüilo como durante março, abril, maio...
Minhas viagens proporcionam uma visão e um conhecimento de Brasil que eu de outra forma não teria, exceto em situações muito particulares. As capitais são pontos de chegada e partida, e mesmo assim não é sempre. Ou são pontos de passagem e referência. A vivência toda se dá no interior dos estados, nos sertões, florestas, caatingas, pampas e nas grandes áreas agrícolas que farão desse país em algum momento futuro o maior – e melhor – produtor de alimentos do mundo.
Há custos ambientais? Claro que sim, eles existiram sempre. O planeta vive em constante pagamento de custos ambientais. São muitos e grandes esses custos, assim como muita e grande é a propaganda contrária. Parte dos custos ambientais não deveria existir, é bem verdade. E o mesmo se aplica a boa parte da propaganda contrária. Olhando o espectro todo, o que menos vemos é equilíbrio, artigo sempre em falta e substituído por radicalismos diversos.
Seja como for, sentirei falta de duas coisas nessa viagem: um notebook e dois ou três cartões de memória para minha câmera fotográfica. Bom, uma câmera nova e mais sofisticada também viria a calhar.
Dependendo dos locais de pernoite, colocarei algumas coisas no blog, mas, sem notebook, a turma que recebe meus escritos via e-mail ficará livre de mim por todo esse tempo. Alvíssaras!
(Misturei a primeira do singular com a primeira do plural. Às vezes falo como membro de uma equipe, às vezes falo sozinho, hummmm, quero dizer, às vezes falo apenas por mim.)
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Um comentário:
A recém chegada no blog não ta bem por dentro do assunto... A que se deve essa viagem? Que seja boa!
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