quinta-feira, janeiro 05, 2006

Começou mal o ano




E tornando esses dias desinteressantes ainda mais, o presidente lulla da Silva foi à tevê, justo no primeiro dia do ano. Que péssima maneira de começar o ano! Não assisti, simplesmente não suporto vê-lo e, muito pior, ouvi-lo. É menos difícil e mais digerível ler as transcrições de suas bobagens nos jornais.

No que me diz respeito, não espero desse presidente nenhum compromisso mais com verdade, ética & outras bobagens burguesas. Confesso que, iludido pelo falatório e pela militância, onde aparentemente podíamos encontrar gente de bem (ainda há gente boa por lá), até acreditei que ele pudesse ser um pouco diferente. Não muito, só um pouco. Mesmo assim, nunca teve meu voto. Os valores democráticos tão e tantas vezes apregoados, nada representam, na verdade, para esse presidente e seus seguidores. São figuras de linguagem, palavras arremessáveis aos ventos, palavras para entrar por um ouvido e sair pelo outro.

Não é o primeiro a agir assim, é claro. Tampouco será o último, infelizmente.

Mas nesse cara (quem diria que um dia eu iria me referir dessa forma ao presidente dessa república, hoje tão apropriadamente chamada Bananão) o que mais me irrita, o que mais me revolta, é a desfaçatez. É o cinismo doentio (aquilo não pode ser normal) que o leva a falar um monte de mentiras e verdades deturpadas, julgando-nos a todos como tolos, bobos, incapazes de pensar e analisar, ignorantes absolutos.

“O mensalão não existe, uma facada nas costas, fui traído”. O autor do crime – A, B ou C – não importa, só importa a traição de que foi “vítima” o senhor presidente. Hum hum... Me engana que eu gosto, Sr. Presidente, o Senhor de nada sabia, mas governa um país com oito e meio milhões de quilômetros quadrados, uns 180 milhões de habitantes, um PIB que gira na casa pobre e recessiva de uns seiscentos bilhões de dólares, tem mais de 30 ministros no seu staff e nada soube, nada viu, nada sabe. Renuncie, então. Nem um caseiro de chácara pode ser tão ignorante sobre o que passa, o que ocorre, o que acontece na área sob sua responsabilidade. Se esse caseiro hipotético for assim, tão... tão... tão incompetente, não dura dois meses no emprego. E Vossa Excelência já adentrou o quarto ano. Francamente!

Sua Excelência me dá nos nervos.

Se me fosse dado o desprazer de poder dirigir-me a ele e formular uma só pergunta, acreditem, não seria sobre nenhum aspecto dessa gigantesca maracutaia, palavra que foi mel em sua boca durante muito tempo, sempre dirigida aos outros, com ou sem razão, mas geralmente sem razão alguma. Minha única e solitária pergunta seria:

- Presidente lulla da Silva, por que sua esposa, a primeira-dama dessa nação, solicitou e conseguiu nacionalidade e passaporte italiano?

Todo o resto para mim é mero detalhe.


Emerson


À guisa de post-scriptum:

1 - na improvável hipótese do senhor ler essas mal digitadas, releia minha sugestão perdida no meio de um parágrafo aí pra trás.

2 - E o senhor, como esposo, já conseguiu também um passaporte italiano? E seus filhos? A Itália é um país belíssimo. Recomendo para moradia a Toscana, onde a paisagem é linda, a comida maravilhosa e os vinhos, dos quais o senhor aprendeu a gostar, não são Romanée Conti, mas são muito bebíveis. Bom, por outro lado, “a nível de” amizades e companhias, quem sabe a Sicília?


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3 comentários:

Anônimo disse...

Já vi que não estou sozinha. Achava exagero não suportar ver nem ouvir o Lula, não consigo acompanhar as entrevistas, a cara dele me dá enjôo. Tomara que ele peça a nacionalidade italiana, que consiga e vá para bem longe.

Anônimo disse...

Excelente texto.Conseguiu traduzir o sentimento de inúmeros brasileiros(as)! Parabéns!Rui

Anônimo disse...

hihihihihihi...

gostei também

e o melhor do teu texto é a menção à Sicília...

por que, heinnnnnnnnnnnnnnnnn?

hahahahahahahahaha

ficou bem colocada