(Esse post repete, um pouco, o de 5 de agosto de 2007. )
A igreja é antiga, as datas na torre contam um pouco de uma história que começou no século XVIII, ainda.
O café ainda não era uma realidade, sequer conhecido era. Algumas décadas passariam até sua chegada aos morros do Vale.
Com o café veio o dinheiro farto, abundante.
Todo mundo enricou.
Não, Cunha e o Vale do Paraíba estão no Brasil, portanto, alguns poucos enricaram.
Belas casas, belas sedes de fazendas, belas igrejas foram alguns dos resultados do dinheiro do café.
A nova face da igreja combina com os novos tempos de Cunha: beleza nas construções, combinando com a paisagem, trazendo os turistas das grandes cidades.
O céu do inverno seco, do qual o ipê é testemunha, fecha o pacote de uma das muitas belezas de Cunha.
Aqui já teve café.
Antes, porém, era tudo mata, Mata Atlântica.
Foi derrubada e queimada e o café foi plantado.
O café exauriu esses morros e em seu lugar vieram pastos, cada vez mais fracos, cada vez sustentando menos gado, cada vez mandando mais terra para os cursos d'água nas enxurradas.
Essa é a herança triste e empobrecedora do café.
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