... 3 – mistura de coisas em total desequilíbrio; desarrumação, confusão.
Assim define, entre outras, o Houaiss. Eu, particularmente, gosto de “total desequilíbrio”, pois é a definição que melhor se aplica, em todos os sentidos, à cidade de São Paulo e, particularmente, ao seu trânsito e ao número de veículos que ela abriga. Nesse ano que ora termina, a megalópole cresceu a bagatela de 330.000 novos veículos
São Paulo hoje tem menos de dois habitantes para cada veículo registrado. Antes de ser prova de riqueza, é prova de burrice extremada, desleixo e desespero. A burrice extrema e o desleixo idem referem-se às autoridades de anteontem, ontem, hoje e, com certeza, amanhã. O desespero fica por conta dos paulistanos que só enxergam no carro próprio um meio relativamente decente, menos desconfortável e menos inseguro para se locomover.
Enquanto a cidade cresce 330.000 veículos, seu sistema viário não deve ter aumentado nem
A prefeitura já pensa em ampliar a restrição de circulação de veículos, que hoje proíbe o trânsito de dois finais de placa a cada um dos dias úteis da semana. A hipótese que se considera, agora, é simplesmente mais que dobrar essa restrição, permitindo a circulação de placas com final ímpar num dia e final par no outro, alternadamente. Duvido que isso vá resultar
Utopia...
Vida longa ao caos. Não que eu deseje, mas é o que teremos.
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