Um Olhar Crônico sobre os dias de hoje e alguns de ontem. Um Olhar Crônico sobre a vida nas cidades, a vida na megalópole, a vida na roça, quando é dura, e no campo, quando é lírica. Textos, Idéias & Coisas diversas, aquelas que passam pela cabeça e a gente acaba registrando, sabe-se lá pra que ou mesmo porquê.
segunda-feira, abril 25, 2005
Contrastes
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A moto do Israel (sim, Israel, o outro é o Ismael e o irmão do Israel chama-se Ismael, mas a gente chama o garoto de Polaco; meio confuso, né?) está parada ao lado da cerca elétrica perto do curral. Indiferente ao monstrengo tecnológico, o Brioso come um pouco de grama na margem do carreador.
Na cozinha do sitio, cara a cara com o fogão a lenha está o freezer. No outro canto, a geladeira modernosa. A gente pouco, ou quase nada, usa o gás no outro fogão. Quando comprei o sítio, “herdei” um bujão de gás que já ia quase pela metade. O mesmo bujão que foi roubado quase 4 anos depois da compra, ainda com gás. Pelo menos nesse ponto economizamos petróleo, pois o gás é o GLP.
Diariamente, exceto nos finais de semana, o Brioso leva o leite até o laticínio. Depois vai até a capineira de napiê “paraíso” e leva o capim cortado para cima, onde será picado. Capim que ele mesmo come com gosto. O Israel vem trabalhar de moto e nos dias em que não trabalha traz o Polaco. Já o Ismael, embora tenha bicicleta de marchas, prefere vir a pé. O Zé quando trabalhava com a gente, ora vinha de bicicleta – boa pra treinar e manter os músculos afiados pra montar nos touros dos rodeios – ora de moto, ora de cavalo.
A vida é mais interessante quando convivemos com coisas tão contrastantes.
Isso tem algo a ver com diversidade, pluralidade, democracia, até, por que não? Onde nada é uniforme talvez seja mais fácil aceitar o diferente.
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