Para ninguém dizer que no post anterior prometi flores e não falei, tampouco mostrei-as, substituindo-as pelos bezerros, aqui vão muitas, inúmeras flores.
Nessa época do ano a Via Anhanguera pode ser chamada, quase literalmente, de Rodovia dos Ipês, principalmente de Araras em diante. É uma festa para os olhos, que começa com a florada dos ipês-roxos, seguidos pelos diversos ipês-amarelos, que florescem desde final de junho e começo de julho, até meados de setembro. Seu auge, porém, parece dar-se nesse momento. À medida que os quilômetros se sucedem, os borrões amarelos fortes, vivos, quentes, contrastam com o verde dos pomares de laranja e com o tom cinzento que recobre os horizontes, típico desse período seco. Até choveu bem nos últimos dias, se pensarmos que estamos em pleno agosto, mas não o suficiente para limpar o horizonte.
Agosto é o mês em que florescem os mais belos de todos os ipês, os brancos. Há poucos ao longo da rodovia e o primeiro que aparece é o que fica na entrada de Leme. Há alguns anos vejo esse ipê e penso em fotografá-lo, sem nunca conseguir. Sua florada tem uma duração curta e sua beleza é passageira, fugaz, dura poucos dias e depois fica somente a árvore esperando a nova folhagem para a primavera.
Ontem, finalmente, consegui fotografá-lo, mas não no melhor ângulo e tampouco no melhor horário. Não importa, já foi bom, muito bom.
Esse ipê em particular não é alto, é até meio baixo, embora já tenha uma boa idade. Mais adiante, depois de Santa Rita do Passa Quatro, há vários ipês-brancos do lado direito da estrada, como esse, mas numa área rural, sem fiação elétrica e sem defensas ou construções a poluir os arredores. O tempo sempre apertado nem me permitiu lembrar dessas outras árvores e, quem sabe, estimular-me a esticar minha viagem mais uns
Como não poderia deixar de ser, mesmo aqui, ao seu lado, um ipê-amarelo mostra suas flores.
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Um comentário:
Lindas estas fotos! Adoro ipês, todos... branco, rosa,roxo, amarelo!
Um bom domingo!
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