terça-feira, setembro 16, 2008

Mais flores, agora róseas

Peço desculpas pelos longos intervalos sem nada publicar.
Os dias têm sido corridos, fiquei boa parte deles no sítio, tentando, ainda sem o mais importante insumo agropecuário, o dinheiro, arrumar algumas coisas já preparando a breve mudança para lá, em definitivo. O sítio tem internet via rádio, mas até hoje não comprei um notebook, falha que pr
etendo sanar rapidamente e que vai tornar minha vida menos complicada no que diz respeito às postagens nos blogs.



Uma linda manhã, sem sol, finalmente, com promessa de chuva ou, pelo menos, umidade. Bom demais.


Tenho tido sorte. Toda vez que estou no sítio uma das vacas pare. Dessa vez foi a Luna, uma Jersey pura, filha do Safári com a Inocence, que pariu uma bezerrinha. Dentro de minha recente política de dar nome aos bois conforme meu humor ou reação inicial, batizei-a de Maravilha. Batismo efetuado e divulgado, fiquei um pouco incomodado, mas vamos que vamos. Maravilha será Mara ou Marinha, não duvido.

Fico meio tentado a escrever sobre os abacaxis, os problemas, os imbróglios, os dilemas, as besteiras feitas, a insistência em algumas besteiras, mas, sei lá, melhor deixar quieto. Até porque já dei título para este post e preciso respeitar o que nomeei, tal como minha mais nova bezerrinha.

Maravilha recém-nascida, sendo lambida por Luna, em seu primeiro "banho", na sombra de uma laranjeira


A estação começou com a florada dos ipês-roxos e dos ipês-amarelos. Como já disse, há muitas espécies de amarelos e suas floradas não são coincidentes, o que faz crer que eles florescem durante muito tempo. Além disso, alterações climáticas provocam, também, uma antecipação na floração das espécies mais precoces. Dessa forma, na prática convivemos com as flores amarelas do ipê de maio, às vezes, ou junho, até setembro e até novembro, como já vi algumas vezes. Espetáculo garantido por meses e meses.

Recentemente tivemos a florada dos brancos e, nessa viagem, descobri com alegria que muitos ipês-brancos estão em
plena florada. Mas o que marcou, de fato, esses dias, foram os ipês-rosa.

Num bairro de Campinas, próximo ao ramal da Bandeirantes que dá acesso à Anhanguera, há vários deles. Mas os mais bonitos, sem dúvida, são os que estão na entrada de Araras, dos dois lados da pista, inclusive com alguns brancos també
m em floração de mistura. São árvores grandes, encorpadas, bonitas em qualquer situação, mas que carregadas de flores ganham uma beleza toda especial.

No haras da Monika, perto do sítio, um ipê-rosa decora o piquete do Kaliman, o belo cavalo BH que ela montou por anos e anos e agora está tranquilamente aposentado.


Um pouco mais adiante, olhando por entre a cerca-viva de sansão-do-campo, enxergamos o magnífico ipê-rosa que embeleza a sede do sítio do ‘seu’ Nelson.

A beleza dos ipês diminui ou deixa menos relevante a florada das ficheiras, que é bonita, também, porém mais singela,
mais simples, sem a magnificência de uma florada plena de um ipê de qualquer cor. ‘Tadinhas’ das ficheiras.

Não importa que a gente ande sempre pelos mesmos caminhos, a verdade é que o mesmo caminho nunca é o mesmo de um dia para o outro.


Se olharmos em volta com interesse veremos algo diferente a cada dia.

Essa coisa de mesmice é bobagem e só existe na cabeça de quem não quer ver que o novo está presente todo dia em toda parte.

Mas há que olhar para enxergá-lo.


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