Recebi essa história de um amigo por e-mail.
Desconhecia essa história da guerra, mas ela é autêntica, pelo que pude
ver em pesquisa via Google.
E é muito interessante.
Aliás, durante a pesquisa descobri que pilotos americanos fizeram o
mesmo durante a guerra no Vietnã, com outros aparelhos.
Pelo sim, pelo não, também pesquisei o livro citado na história, que é
autêntico, como vocês verão no final.
Sugestão para leitura?
Final de dia, tranquilo, com um copo de cerveja bem gelada.
Com moderação, claro.
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Não é segredo que o pessoal que trabalha na aviação aprecia uma cerveja
(não no trabalho, obviamente). Tem até o famoso ditado: “Avião no ar, mecânico
no bar”.
Agora, olhe bem a foto deste Spitfire:
O que seriam aqueles barris sob as asas? Um novo tipo de bomba? Tanques
extras de combustível?
Não! São barris de cerveja! E acreditem, depois de voar a 12 mil pés,
ficavam geladinhas no ponto certo para serem saboreadas.
A história da foto é a seguinte:
Nos momentos mais calmos da Segunda Guerra Mundial, os Spitfires eram
usados em missões não muito ortodoxas levando barris de cerveja para as tropas
na Normandia. Durante aquele período do conflito, as cervejarias Heneger e
Constable doavam cerveja para os soldados.
Depois do Dia-D, manter os suprimentos vitais para as tropas de invasão
na Normandia já era um desafio, e obviamente não havia espaço ou logística para
luxos como cerveja ou outros tipos de bebidas. Então os pilotos da RAF (Royal
Air Force) tiveram uma ideia...
Os Spitfires Mk IX eram uma versão evoluída dos Spitfire MK II, com
pylons sob as asas para carregarem bombas ou tanques extras. Não demorou quase
nada, logo pilotos e mecânicos descobriram que eles, com uma pequena
modificação, poderiam ser usados para carregar barris de cerveja de vários
tamanhos (não há informação se os barris poderiam ser ejetados em caso de emergência,
mas é provável que sim).
E o melhor de tudo: se os Spits voassem a uma altitude considerável, a
cerveja já chegava na temperatura certa pra ser bebida.
Uma variação desse modo de transporte era usar um tanque modificado para
carregar cerveja ao invés de combustível, e teve até uma designação oficial:
Mod XXX.
![]() |
Carregando e identificando um XXX |
Os Spitfires equipados com o Mod XXX ou os pylons de barril eram sempre
mandados para a Gran Bretanha para manutenção ou missões de ligação e
retornavam para a Normandia com os barris cheios.
No livro “Dancing in the Skies”,
Tony Jonsson, único piloto islandês da RAF, descreve que odiava fazer as
missões de transporte de cerveja, já que todos no campo ficavam aguardando a
chegada, e qualquer um que fizesse um pouso duro ou danificasse os tanques,
seria o homem mais odiado do esquadrão durante a semana inteira!
Abaixo, a foto da capa do livro do ás islandês (abateu 8 aviões alemães!), disponível para compra (novo e usado) na Amazon UK.
Em tempo
Sobre a Royal Air Force e seus pilotos, muitos deles de
outros países, especialmente a França, Winston Churchill tem uma frase
memorável referindo-se à Batalha da Inglaterra (a guerra aérea no início da
conflagração entre a RAF e a Luftwaffe):
"Nunca, no campo
dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos."
Fato.
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