Meu cartão de Natal de 2015
Feliz Natal!
Feliz e esperançoso 2016!
Esse é o meu "cartão de Natal".
Não tem Papai Noel, não tem a "árvore", não tem renas.
Tem a capa de Veja e nela a foto de Sergio Moro.
Um homem comum, como somos a maioria.
Não é o Superman ou Batman ou qualquer coisa parecida.
É, acima de tudo, um profissional competente.
Infelizmente, pelo que é o Brasil, sou obrigado a completar com mais um
adjetivo: é honesto.
Infelizmente porque, numa nação séria como seremos um dia, honestidade
será algo meramente incorporado, tal como o ato de respirar. Hoje, porém, para
diferenciar e explicar, precisamos dizer de muita gente: É honesto.
Quando coloco nesse "cartão de Natal" a foto (até meio feia)
de Moro, a imagem que tenho é de meu neto Felipe e minha neta Isadora.
Porque esse brasileiro da foto, o Sergio Moro, pode ter salvado, e
salvou, 2015, mas o mais importante é que o seu trabalho e do grupo de
profissionais da Justiça e da Polícia Federal junto dele, estão salvando o
futuro desse país.
Somente o trabalho deles, porém, não é e não será o bastante para termos
um futuro digno desse nome e para termos um país no qual as pessoas tenham
vontade de viver e não, como hoje, vontade de abandonar.
Pense com muito cuidado quando for eleger o vereador e o prefeito de sua
cidade. Não se omita. Pense. Vote.
Vote localmente pensando nacionalmente.
Escolha um partido. Escolha candidatos.
Não dê ouvidos à propaganda fascista – por parte dos inteligentes e bem
informados – e burra – por parte de quem apenas repete mantras idiotas – de que
nenhum político "presta", nenhum partido "presta".
Isso é mentira!
Para não deixar mais irritados muitos que isso dizem e não são fascistas
ou burros, mas são, sim, inocentes úteis a serviço do status quo, concordo que
há muitos políticos vagabundos e ladrões em todos os partidos, mas
"estranhamente" agrupados como um enorme cardume de rêmoras ao redor
de alguns partidos-tubarões (rêmoras não formam cardumes, mas os rêmoras da
política brasileira formam). Na natureza as rêmoras são comensalistas, na
política brasileira não passam de vis parasitas.
Podem também esses políticos, ser chamados de carrapatos, esse ácaro
vagabundo que atormenta as vacas, sugando seu sangue, vivendo de seu sangue,
sem para elas em nada contribuir.
Ingerem o sangue, engordam, ficam enormes, cheios (cheias) de ovos,
deixam-se cair no chão e botam seus milhares de ovos que gerarão novos milhares
de parasitas à custa de quem trabalha.
Portanto, por favor, não para mim, mas para seus descendentes, pense.
Vote conscientemente em 2016. E em 2018. E sempre.
Respeito, embora discorde ideologicamente, quem acredita na esquerda,
como eu mesmo o fiz durante parte de minha vida.
Para quem assim ainda pensa, vale tudo que escrevi acima.
Nem todos os membros desse partido que se assenhoreou do poder junto ao
que de pior existe no "empresariado" nacional, são da mesma estirpe
vil e criminosa que vemos nas lideranças e direções. Se você acredita, limpe essa
escumalha. Depois, mais adiante, num Brasil melhor, voltaremos a nos encontrar
nas urnas, democraticamente.
Democracia não é somente voto.
O voto é antes uma ferramenta da democracia do que sua razão de ser.
Portanto, tampouco existe democracia sem voto.
E tudo isso pressupõe a necessidade de partidos políticos.
Não faça com a política e os partidos o mesmo que você faz com as
reuniões de seu condomínio.
Compareça.
Participe.
Influa.
Eventualmente, por que não, seja o síndico. Entre para o Conselho. Atue.
Aja localmente pensando nacionalmente.
Aja em pequena escala atuando globalmente.
Quanto mais longe você estiver dos partidos e da política, mais "os
caras" – quaisquer que sejam as bandeiras partidárias – estarão à vontade.
Claro, você não estará lá para contrariá-los, para apresentar uma
alternativa.
Você e muitos milhões.
Mesmo que você não entre num partido (hoje eu mesmo estou afastado de um
partido, situação que talvez mude nesse 2016), atue. Leia. Ouça. Veja. Converse.
Debata. Exponha o que pensa.
Converse por e-mail com o seu deputado e com outros deputados.
Pressione!
Acredite, mesmo que o deputado pessoalmente não leia, um assessor lê e
transmite para ele. Isso também é participar. E não escreva só para o seu
deputado ou do seu partido. Escreva para qualquer um que você, num certo
momento, julgar necessário.
É seu direito e, diria eu, é seu dever como cidadão.
Então, é isso.
Feliz Natal.
Feliz 2016.
Vamos trabalhar para que 2016 seja o primeiro ano de um novo
Brasil.
Mais de acordo com nossos sonhos ou a caminho de nossos
sonhos.
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