O domingão começou tarde hoje (é domingão, pô!), pouco antes das seis da manhã. Mas o Zé já estava
recolhendo as vacas para a ordenha.
Ontem ele picou cana demais para o trato das vacas.
Hoje, sobrou cana demais nos cochos, uma curiosa lei da natureza.
Portanto, o marmitão aqui
começou o dia pegando cana sobrada e jogando fora, deixando os cochos limpos
para o trato da tarde.
Isso feito, piquei um pouco de cana para duas vacas separadas das demais
e para a bezerrada. Misturei com feno de alfafa e feno de tifton. Chique... E
caro.
Não vou almoçar na sogra, perderei o almoção dominical mais uma vez,
pois quero começar o trato da tarde mais cedo, na esperança quase vã de
conseguir assistir o São Paulo contra o Botafogo.
Felizmente, hoje à tarde termina o final de semana. Amanhã é segundona –
Thank's God – e não terei que fazer o trato das vacas.
Oba!
Aqui, no final de semana, empregado folga e o patrão pega no pesado
braçal, pois ordenhar é tarefa especializada muito além de minha capacidade,
suficiente apenas para pegar cana no garfão, jogar na carriola, misturar ureia
e levar para os cochos. À noite meus ombros, meus braços, minha cintura,
minhas costas, minhas isso, minhas aquilo, doem.
Sem choro, nem vela e nem gelol,
Segunda-feira é o dia de minha libertação semanal, menos quando é
feriado santificado. Mas, nesse caso, diz o bom gosto, o bom senso e a boa educação
que não é bom reclamar. Afinal, vai saber o que nos espera, né?
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