11 de Setembro de
2001
Aquele 11 de setembro, o primeiro desse século XXI, era um
dia comum e ainda estava ainda em casa trabalhando num roteiro, TV ligada,
quando entrou a notícia do choque de um avião com uma das torres.
O susto foi enorme e fiquei pensando em qual das torres,
pensamento meio besta, sei, mas essas coisas passam pela cabeça. Numa delas, a
Torre Norte, a primeira a ser atacada, tinha um restaurante chamado Windows on
the World, lá no alto, nas “nuvens”. Pensei e quase tentei ir até para um
jantar, com Manhattan aos pés, mas os preços eram tão altos quanto a
localização, definitivamente fora dos meus parcos orçamentos. Nunca fui. Pelo menos
fui ao terraço uma vez, mas continuei achando o do Empire State mais bonito e
charmoso, fora os filmes e o romantismo e o medo de ver o King Kong (o
primeiro) ali no alto.
Digressões à parte, como um avião poderia se chocar com
aquele prédio? Que coisa maluca! – pensava enquanto ouvia o pessoal pela
televisão. Aí veio o segundo avião dos assassinos e tudo ficou claro: era um
atentado terrorista.
Veio a informação de Washington e depois da Pensilvânia. Os Estados
Unidos da América estavam sob ataque. O inimaginável acontecia.
Quando o segundo avião se chocou ficou claro que a História
tinha mudado ali, naquele momento, aos nossos olhos.
De fato mudou, para pior.
Os assassinos de bin Laden conseguiram parte de seus
objetivos, ao fazer o governo, o Congresso e a justiça americanos restringirem
os direitos civis. Uma perda irreparável. Como irreparável foi a perda de
milhares de vidas.
Esses assassinatos tornaram nossas vidas mais complicadas
ainda hoje e por muito mais tempo.
Não reconheço nesses assassinatos valor algum. Foram atos da
mais pura barbárie, simplesmente. Há muitos outros na História da humanidade e,
infelizmente, outros virão, parece ser da nossa natureza.
Tudo que aconteceu só reforça a necessidade de defendermos e
investirmos o que de mais precioso desenvolvemos: a ideia, o conceito, a
prática da Democracia.
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