terça-feira, setembro 25, 2012

Declaração de voto e posição




Há muitos anos uma frase marcou época e marcou também a mim:
“Bandido é bandido, polícia é polícia.”
Seu autor foi um dos mais famosos bandidos da época, ainda nos anos 70, Lucio Flavio, referindo-se ao fato de que devem manter-se separados e quando se misturam coisa boa não sai.
Estado é Estado, Igreja é Igreja.
Não devem, não podem sob hipótese alguma misturar-se.
Sempre que isso ocorreu os resultados foram péssimos, nos casos mais leves, e trágicos na maioria das vezes.
Religião é questão de foro íntimo, nada é mais pessoa que a fé e a prática religiosa de uma pessoa.
Estado é o braço operacional da sociedade. De toda a sociedade, nunca de uma parte dela.  Seus membros devem obediência e lealdade à constituição, vale dizer, portanto, ao povo, a cada um dos cidadãos.
Claro que o Estado extrapola, por meio de seus funcionários, mormente em países atrasados cultural, política e socialmente, como é o caso dessa Terra de Vera Cruz. Mas corrigir os desmandos do Estado é muito menos difícil que corrigir os desmandos de uma instituição religiosa.
No que me diz respeito, igrejas não devem possuir meios de comunicação de massa. A doutrinação e a pregação são individuais ou em grupos de quem pensa e sente de forma semelhante.
O alcance da Igreja, qualquer que seja ela, deve dar-se somente em relação às pessoas, jamais à sociedade em seu conjunto.
Por tudo isso e muito mais, não consigo enxergar nada de bom na candidatura Russomano na cidade de São Paulo, independentemente até da qualidade do candidato – que deixa muito a desejar.
Penso da mesma forma em relação a candidato que represente qualquer religião, qualquer uma.
Se ainda morasse em São Paulo meu voto seria, uma vez mais, do PSDB e de José Serra. No mais, que Chalita crie juízo e mude sua prática partidária. É um bom candidato perdido pelas más, pelas péssimas companhias.

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