quinta-feira, agosto 25, 2011

E a Mel se foi...

Aviso aos navegantes: é meio triste.

Se quiser passar batido, passe.

Muitas vezes eu faço isso.

Ela nasceu quando há pouco morávamos na Granja Viana, filha da Belinha com o Bilbo.

Viveu conosco por 17 anos - dizem que isso equivale a 120 dos nossos anos.

De um jeito ou doutro era uma senhora.

Ranzinza, chata com estranhos, ainda a fêmea alfa aqui, apesar da idade.

Desde que mudamos para cá ela dormia dentro de casa. Às vezes, de madrugada, a bexiga apertava e ela ia até nossa cama pedir para sair.

Uma "delícia" nas madrugadas geladas desse Sítio das Macaúbas, mas, ora bolas, era a Mel.

Começou a sofrer e a ter uma série de problemas em rápida evolução.

Hoje cedo a Rosa levou-a ao veterinário, novamente, e voltou com ela e alguma esperança.

Em vão.

Nesse começo de noite voltamos à clínica e ali, com a Rosa acarinhando sua cabeça, foi sacrificada.

Parou de sofrer.

Digo a mim mesmo, à Rosa e aos outros que "tudo bem, ela viveu bem e bastante, chegou sua hora" e coisa e tal.

Tudo verdade, mas, assim mesmo, triste pra burro.

Cachorros fazem parte da minha vida desde que era bebê.

A mesma coisa com a Rosa.

E, pouco depois de nos casarmos, passaram a fazer parte da nossa vida e das vidas de nossos filhos.

A gente sofre nesses momentos, mas é assim que é.

Por aqui estão a Sophia, a Neguinha, a Lily e o Abobrinha, todos eles achados pela Rosa (três) e por mim (o Abobrinha) e recolhidos.

Cada qual com sua própria personalidade.

O veterinário, cara legal, gentil, atencioso conosco e carinhoso com os cachorros, perguntou-nos se queríamos deixar a Mel lá e depois ele mandaria enterrá-la.

Não.

Não é assim que somos, é inconcebível para nós deixar o bichinho partir sem o conforto da nossa presença.

Não sentem medo, não muito, acho, pela frieza do ambiente estranho.

Amanhã vamos enterrá-la aqui, ao lado de seu pai, o Bilbo.

Besteira ou não, é assim que nós gostamos.

E, sei lá, né, vai que ela tem seu espírito...

Um comentário:

André Luiz Barros disse...

Não sabia deste seu outro blog. Sinto muito pela Mel.

Abraço.