Aviso aos navegantes: é meio triste.
Se quiser passar batido, passe.
Muitas vezes eu faço isso.
Ela nasceu quando há pouco morávamos na Granja Viana, filha da Belinha com o Bilbo.
Viveu conosco por 17 anos - dizem que isso equivale a 120 dos nossos anos.
De um jeito ou doutro era uma senhora.
Ranzinza, chata com estranhos, ainda a fêmea alfa aqui, apesar da idade.
Desde que mudamos para cá ela dormia dentro de casa. Às vezes, de madrugada, a bexiga apertava e ela ia até nossa cama pedir para sair.
Uma "delícia" nas madrugadas geladas desse Sítio das Macaúbas, mas, ora bolas, era a Mel.
Começou a sofrer e a ter uma série de problemas em rápida evolução.
Hoje cedo a Rosa levou-a ao veterinário, novamente, e voltou com ela e alguma esperança.
Em vão.
Nesse começo de noite voltamos à clínica e ali, com a Rosa acarinhando sua cabeça, foi sacrificada.
Parou de sofrer.
Digo a mim mesmo, à Rosa e aos outros que "tudo bem, ela viveu bem e bastante, chegou sua hora" e coisa e tal.
Tudo verdade, mas, assim mesmo, triste pra burro.
Cachorros fazem parte da minha vida desde que era bebê.
A mesma coisa com a Rosa.
E, pouco depois de nos casarmos, passaram a fazer parte da nossa vida e das vidas de nossos filhos.
A gente sofre nesses momentos, mas é assim que é.
Por aqui estão a Sophia, a Neguinha, a Lily e o Abobrinha, todos eles achados pela Rosa (três) e por mim (o Abobrinha) e recolhidos.
Cada qual com sua própria personalidade.
O veterinário, cara legal, gentil, atencioso conosco e carinhoso com os cachorros, perguntou-nos se queríamos deixar a Mel lá e depois ele mandaria enterrá-la.
Não.
Não é assim que somos, é inconcebível para nós deixar o bichinho partir sem o conforto da nossa presença.
Não sentem medo, não muito, acho, pela frieza do ambiente estranho.
Amanhã vamos enterrá-la aqui, ao lado de seu pai, o Bilbo.
Besteira ou não, é assim que nós gostamos.
E, sei lá, né, vai que ela tem seu espírito...
Um comentário:
Não sabia deste seu outro blog. Sinto muito pela Mel.
Abraço.
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