Com esse título acima já fica claro ao leitor e à leitora desse blog que não vou falar sobre a Suíça. Tampouco irei falar sobre o Canadá, Islândia, Suécia ou Noruega. São países chatos, falemos a verdade. Tudo funciona e, geralmente, funciona bem. O povo é saudável e educado, etc e tal, e, em lugares assim, é difícil achar coisas engraçadas. Preconceito? É, talvez, um pouco, um pouquinho só.
País engraçado poderia ser a América, digo, os Estados Unidos da América, mas, sei lá, com essa atual elite dirigente pode-se chamar os USA de qualquer coisa, menos de engraçado.
Itália! Sim, a Itália é engraçada, coisa que outros latinos como a França, Espanha e Portugal não são. São muito sérios, muito empolados, muito cheios de si, enfim, não são engraçados. Alemanha? Hahahahaha... Engraçado é alguém pensar que a Germânia possa ser engraçada. Ah, a Inglaterra, sim, a “velha e pérfida Albion”, essa é engraçada. Um humor oposto ao italiano, mas humor. Mas tampouco falarei desses dois. Agora já deve ter ficado claro que eu, logicamente, vou falar do mais engraçado de todos os países: o Brasil.
O Brasil é tão engraçado que não duvido nem um pouco que nossa primeira-dama lance-se candidata à sucessão do maridão. Se Dona Cristina fez isso na terra dos hermanos ao sul, que na média são mais educados e politizados que nós, por que não Dona Marisa Letícia para Presidenta? O problema seria o que fazer com o primeiro-marido, ou primeiro-cavalheiro da República. Essa questão paralisaria por meses os já paralisados trabalhos do Congresso Nacional. Pergunto-me se o primeiro-cavalheiro viraria papagaio-de-pirata da esposa, reproduzindo o que ela mesma faz hoje com ele, talvez, como aventei há pouco tempo, já em campanha pela sucessão.
O cúmulo da graça tupiniquim seria a reeleição de Dona Marisa Letícia em 2014, ano da Copa no Brasil. E, por que não, com os fantásticos avanços da medicina, em especial na geriatria, lulla da Silva poderia, constitucionalmente, voltar à doce presidência em 2018, com perspectivas de ali permanecer até 2026. O cúmulo da (des)graça, sem dúvida.
Todavia, sendo o Brasil tão engraçado como é, por que não? Inclusive, cúmulo da graça, teríamos como mandatária suprema da nação uma cidadã italiana e os primeiros-filhos seriam,também, cidadãos italianos. Na falta de um povo do primeiro-mundo, teríamos dirigentes do primeiro mundo de carteirinha e tudo.
Crise moral
Estou morrendo de vontade de ler a edição da revista masculina que estampou em sua capa e páginas internas aquela senhora, teúda e manteúda de alto mandatário republicano. O problema é que sou um cara de poucos, mas firmes princípios. E não vou gastar um centavo dos meus já parcos para engordar a já muito gorda conta dessa distinta senhora, da qual, por sinal, nada quero ver, mas que percebe-se, de gorda nada tem, exceto a conta bancária.
Ué, então por que você quer a revista? – pergunta o leitor curioso e a leitora indignada.
Simples, estimada leitora preocupada com minha moral.
Simples, estimado leitor, descrente de meus princípios.
O que me interessa nessa revista são... as entrevistas.
O pior vem agora: podem acreditar, o que digo é vero, é veríssimo.
É fácil entender o porque: dois de meus ídolos estão nas páginas da tal revista masculina, na mesma edição, em duas entrevistas supimpas.
Uma, muito curta, com o técnico do São Paulo, Muricy Ramalho. Meu ídolo.
Outra, a maior, com meu ídolo e leitura obrigatória todo sábado na Veja:
Diogo Mainardi.
Fui cortar o cabelo na sexta-feira. O barbeiro, cujo nome ainda não gravei, discretamente tirou uma revista da gaveta e estendeu-a para mim.
Oba! Era a tal revista.
Ah, não era... Era o número anterior, com uma starlet qualquer, mais uma daquelas que se formou na faculdade de reality show. Nem abri, devolvia, e pedi uma “Caras”. Como disse, eu sou um cara de princípios, e a rápida vista-d’olhos pela “Caras”, além de nesse caso preservar meus princípios, coloca-me em dia com todas as fofocas do mundo das personalidades. Foi assim que descobri que essa revista “tem” um castelo na Toscana, com vinhedo próprio e tudo. Um castelo de verdade e meio velhusco, pelo que pude ver nas fotos, onde um casal – ele ator famoso, ela cantora desconhecida – passeia pelo vinhedo e enche uma cesta de palha com cachos de uva. Puxa, se a revista fosse minha eu recortaria a foto maior dos dois com as uvas e fazia um quadrinho, pra pregar na parede.
Agora, nobres leitores, estou já pensando em como e no que fazer que justifique um convite de “Caras” para alguns dias num castelo toscano.
Enfim, preservei meus firmes princípios e não contribuí pro caixa da teúda e manteúda republicana. Fiquei em dia com as fofocas do mundo do beautiful people tupiniquim e, fantástico, descobri um castelo, descoberta que vai exigir desse pobre escriba a dura labuta de lançar um livro, aparecer no Jô e aí, quem sabe, receber o convite para alguns dias no castelo toscano em meio às vinhas. Mais que isso, só dois disso, nesse país realmente engraçado.
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Um comentário:
Olá, Emerson,
Três, ou mais, assuntos ótimos. Vamos por partes:
1 - Marginal Pinheiros - no meio deste caos paulistano (e eu sou paulistana), é muito bom ver capivaras pelo caminho;
2 - Não sei se você é entendido em beija-flores, mas ando tirando da cabeça das pessoas da cidade a mania de colocar receptáculos (aqueles plásticos com florzinha) com água e açúcar. É o fim do mundo. Mesmo avisando que o açúcar traz problemas para as aves - a garganta (?) incha e, como não conseguem comer nem beber, acabam morrendo de inanição ou por sufocamento. E quem faz isso deixa o recipiente vários dias sem tratamento. Nem adianta oferecer às aves os produtos próprios adquiridos em lojas especializadas, pois dá muito trabalho ferver os recipientes de vidro diariamente e as pessoas não têm tempo. Então, muito faz quem não mata. Deixem de colocar essa droga para os bichinhos. Faça um apelo, por favor;
3 - Quanto à revista, claro não compro porque mulher não faz meu gênero (hehehe...), mas, por coincidência essa mesma que você queria ler, veio parar em minhas mãos. Sabe o que fiz? Por óbvio, li todinha a entrevista com o Diogo Mainardi (adorei) e mandei a revista (sem ler mais nada) para os quintos dos infernos;
4 - Desde a candidatura da primeira-dama argentina, pensei exatamente como você: a tal dona Marisa, por causa do partidinho, poderá se candidatar. Mas, pelo visto, mesmo dizendo que não, o ex-metalúrgico (que nunca o foi) deverá encarar um terceiro mandato. Quem sabe ele poderá, até, fazer como seu (dele) "colega" Hugo Chávez - "emendar" e ficar eternamente no "puder" (como deve dizer sei eleitorado).
Leio seu blog, porém esta é a primeira vez que escrevo.
Abraços,
Lilly
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