quarta-feira, março 01, 2017

“Fora Temer!” – A verdade


“Fora Temer!”
Nhenhenhém chato, repetitivo e, pior, ignorante
Temer é o presidente que foi eleito pelo PT e seus aliados.
Ponto.
Se algum eleitor ou prócer de esquerda ignora isso, então ignora tudo, é um ignorante.
Vejam, por favor, que “ignorante” aqui não é uma ofensa, é apenas uma constatação do desconhecimento que essas pessoas demonstram, uma constatação do que, pelo visto, ignoram. Daí chama-las, com total propriedade, de ignorantes.
Aqueles que ignoram.
Muito bem, isso posto, ou seja, que Michel Temer é o presidente que foi eleito pelo PT e seus asseclas, desculpem, aliados, vamos & convenhamos que esse nhenhenhém é chato demais, não?

Eu não votei no Temer, então, pela lógica simplória, eu é que deveria estar bradando “Fora Temer” nas ruas tupiniquins.
Só que não.
Porque Michel Temer está fazendo um bom governo.
... (Pausa para as risadas...)
...
Acabou? Riram bastante?
Voltemos, então.
Sim, ele está fazendo um bom governo.

Talvez, ou provavelmente, fosse muito melhor do que é se não estivesse manietado pelo sistema político implantado pela catástrofe chamada (valham-me os céus!) “Constituição Cidadã”, nada mais que um monstrengo enorme, monstruoso (dei-me aqui o direito à redundância, extremamente necessária).
Para ter um mínimo de governabilidade (como é chique usar um termo como esse, meio besta, mas moderno pra burro), o marido da simpática e bonita Marcela precisa ter base de apoio parlamentar.


Base de apoio parlamentar...
Sem ela, nada é aprovado, nem mesmo um pedido de compra de papel higiênico para os sanitários palacianos.
Ora, política é assim mesmo em toda parte e era assim até no seio do velho PCUS, como continua sendo no seio do PCC.
Por favor, PCC significa Partido Comunista Chinês e não uma organização criminosa de Terra Brasilis. Bom, se bem que o PCC aqui citado também é uma organização com milhões de crimes nas costas, né...

Política é aquela coisa que você pratica com seu cunhado, aquele pentelho que você meramente suporta. E vice-versa, é mais que óbvio. Você faz política com sua esposa ou esposo, assim como com seus filhos. Sim, não se iluda.
Política é necessária, sem ela não há vida em sociedade, entendendo-se por sociedade um grupo composto por duas pessoas, pelo menos. Até existe a política do “eu sozinho”, mas não vem ao caso.
O casamento é um exercício diário de política, bem ou mal executada...
Imagine, então, presidir alguma coisa...

Divaguei, de volta ao rumo.

O Brasil, graças à má vontade e falta de cultura e visão dos brasileiros, quase não tem partidos políticos.
Partidos políticos na acepção correta do termo.
Partidos ideológicos, que representem parcelas da sociedade, correntes de pensamento.
A rigor, entre os grandes, há o PSDB e, acho, nem sei mais, o PT.
Há alguns pequenos, também, com pouca ou nenhuma representatividade.

O que mais temos são grupos de interesse travestidos em partidos políticos.

Aliás, pensando bem, o antigo PT transformou-se num desses grupos, no qual sindicalistas radicais (hahahahaha... não resisti) dormem com patrões biliardários, um alimentando o outro em estreita e tenebrosa simbiose.
Ah, Brasil... Se você não existisse teria que ser inventado.

Então, Sua Excelência, o Presidente da República, precisa ter o apoio de parlamentares para governar e assinar algum papel.
A maior parte de seu apoio vem dos parlamentares que fazem parte do baixo clero.
O baixo clero está ali porque ali foi colocado pelo povo.
O soberano povo, razão de ser de todas as coisas, o povo que sempre está certo, como se aprende nas cartilhas das esquerdas.
(Curiosamente, quando o povo vota contra os cartilheiros ele está errado... Vá entender...)

Os senhores membros do baixo clero estão espalhados por dezenas de grupos políticos, sendo que quase três dezenas deles têm representação no parlamento.
É, minha gente, é complicadinho, né?
Os senhores membros do baixo clero trocam seu apoio ao Presidente por benesses presidenciais.
Cargos, principalmente, no monte de empresas do Estado.
Como a Petrobras, lembram dela?
Cargos, também, nos ministérios e organismos que contratam empreiteiras para obrarem... Epa, desculpem... Para fazerem obras por todo esse Brasil varonil sob um céu de anil.
Aqui e alhures, como agora estamos descobrindo.

A organização petista institucionalizou essa coisa toda, de uma forma realmente brilhante.
É verdade que a corrupção sempre existiu, nunca sendo chamada como tal, mas ela também nunca foi tão oficial, nunca foi tão presente, nunca foi tão “legítima” quanto a partir da posse primeira de Luiz Inácio Lula da Silva como Presidente dessa República.
Já em sua carta a El Rey, Pero Vaz de Caminha pedia uma boquinha para um seu afilhado ou coisa que o valha.
Ah, as boquinhas...

Ricas boquinhas, sempre às custas do Estado. Como o Estado somos nós, deixo a conclusão por conta de vocês, leitores de extremo bom gosto e grande saber.


Apesar de “tudo isso que está aí”, Temer vem fazendo bom governo, tentando recuperar o país da situação de absoluta desgraça, catástrofe mesmo, em que foi jogado por Rousseff, coroando trabalho iniciado por da Silva.
Tão bom vem sendo seu governo, embora a muitos não pareça, que não é impossível terminarmos esse ano com pequenino aumento no PIB.
O que será um grande, extraordinário feito.

Portanto, por favor, parem de encher o saco com esse “Fora Temer!”
Tanto por parte dos petistas et caterva, digo, companheiros de viagem, como por parte de parcela de uma tal de direita, ainda perdidinha e sem identidade, acreditando, como de hábito, em salvadores da pátria, em novas e mais lastimáveis versões do “prendo e arrebento”.


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