Há quase nove anos, mais precisamente em 11 de abril de
2005, postei um texto nesse Um Olhar Crônico falando dos pardais – atenção,
senhores motoristas: passarinhos e não estações de radar, ok? – e como evitar
que entrassem em casa: O fim dos pardais (aqui).
O tempo passou e aqui em casa os pardais deixaram de ser
problema, não só devido à solução apresentada no post, como também pelo fato
de, em 2010, termos colocado um forro no teto da cozinha.
No decorrer desse tempo foram muitos os leitores que me
escreveram perguntando e pedindo mais informações a respeito, informações que,
de resto, não tinha e não tenho. O método dos barbantes ou fios é extremamente
simples: é só colocar e pronto, os bichinhos param de entrar em casa e fazer
uma sujeirada de dar gosto. Sem venenos, sem repelentes, nada disso.
E hoje, como disse no início, quase nove anos completos
depois do post, um leitor de Gravatá, em Pernambuco, escreve-me a respeito. Na verdade,
o Evandro – esse é o seu nome – não é leitor do Um Olhar Crônico, mas
aborrecido com os pardais e procurando um método para espantá-los, fez uma
pesquisa no Google e caiu nesse post tão antigo.
Pois é, a gente escreve, esquece o que escreveu, mas está
tudo lá, onde quer que seja esse lá. Às vezes um texto deletado por alguém ainda
sobrevive porque foi copiado ou transcrito ou compartilhado por outros.
Isso é
bom, não tenho dúvidas, mas pode ser terrível, né?
Muitas vezes alguém escreve um monte de besteiras, seja por
acreditar, seja por brincadeira ou por mera bobeira, e de repente, anos depois,
justamente numa entrevista de emprego... Uma pesquisinha básica revela a
bobagem de outrora. Certo, tem que explicar, mas tudo que precisa ser
explicado... bom, se precisa ser explicado é porque não foi entendido, por
falha de quem escreveu ou de quem leu, não importa e, portanto, já causou um prejuízo.
É o lado museu da internet.
Think about.
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