Nunca antes na história dessa república se viu coisa
parecida. Pelo menos é o que eu acho.
Não bastasse o Mensalão, do qual um bando de gente bem e
poderosa sai direto para as cadeias, além de outros casos e causos, alguns
não explicados, alguns inimagináveis (eu continuo considerando inacreditável
que dois prefeitos de duas das 20 mais ricas cidades do país pertencendo ambos
a um mesmo partido sejam assassinados a tiros num período de poucos meses ou
semanas e ainda hoje pouco ou nada se saiba sobre tudo isso) (sem vírgulas, sem
pausas), temos agora o “Rosegate”.
Não vou entrar em detalhes, os órgãos de imprensa os têm aos
montes, mas algumas coisas são curiosas. Por exemplo, a moçoila apresentar-se
como “namorada” do ex-presidente, segundo a revista Época que recém-chegou às
bancas e à internet.
Ter participado de grande número de viagens ao exterior,
sempre a bordo do nosso "Air Force One", mas só quando a
primeira-dama, a oficial, não estava presente.
Bom, aí tem toda aquela lista de apadrinhados, empresas com
negócios com o maridão (o oficial nesse caso), etc, etc, reproduzindo as coisas
& causos ao redor de
Done Erenice, lembram dela? Na verdade, por uma questão de antiguidade e
importância, o certo é dizer que as coisas & causos de Dona Erenice, seu maridão e afilhados diversos é que
reproduziram as de Dona Rose.
Dona Rose e o ex-presidente relacionam-se (por favor,
críticos, consultem no dicionário o verbo relacionar e verão que eu aqui o
emprego dentro da mais cândida inocência), afinal de contas, desde o distante
ano de 1993.
Como diria um ex-presidente desse imenso bananal, o qual,
segundo Chico, tornar-se-ia um “imenso canavial”, nunca antes na história dessa
república (...queta?) viu-se coisas tão assombrosas e despudoradas.
Ou não diria?
Falando em diria ou não diria, o que dirá a respeito de tudo
isto a Dona Marisa? Lembram dela? É aquela que foi a primeira-dama, oficial,
durante oito anos.
Convém lembrar que Dona Marisa e pimpolhos todos conseguiram
cidadania italiana e, por supuesto,
passaportes idem. Não esquecendo, claro, que os mimos foram conseguidos durante
o governo do maridão.
Outro importante lembrete: todos tinham passaportes diplomáticos
tupiniquins. Bom, tupiniquim ou não, passaporte diplomático é sempre passaporte
diplomático, né? Parece que foram
todos devolvidos. Parece. Mas... Para que devolver? Não seria mais prático e
imediato simplesmente torná-los inválidos e com ordem de apreensão em caso de apresentação?
Deixa quieto.
Pelo sim, pelo não, permaneço curioso: o que dirá Dona
Marisa sobre tudo isso?
Há um dito popular sobre o quão terrível é a fúria de uma
mulher traída, mas, naturalmente, não é o caso aqui, felizmente. Né?
Enquanto isso, o “Rosegate” avança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário