O título original desse post era “Subprime – ela ainda vai mudar tua vida”.
Uma certa falta de tempo associada a uma certa dose de preguiça, levaram-me a não escrever sobre a dita cuja. Por algum motivo insondável, ao invés de deletar a página iniciada e não salva no word, preferi marcar as duas ou três linhas escritas e começar esse novo texto.
A princípio esse post seria para comunicar – como se isso tivesse alguma importância – que amanhã estarei
Levo livros, claro. Não achei minhas nadadeiras, mas achei minha máscara de mergulho e meu snorkel. Esse está ok, mas a máscara, coitada, não tem mais condições de uso. Fosse eu um cara previdente e já teria comprado uma máscara nova. Não sou, viajarei sem, confiante em comprar uma por lá mesmo.
Livros na praia? Claro! Não gosto de praia, eu gosto de água, gosto do mar, mas a praia em si não é do meu particular agrado, exceto por algumas meias-horas. Logo cedo, e à tardinha, e quanto menos gente na areia, melhor. São os horários bons para caminhar. Fora deles, é uma chateação. O sol, o calor, a areia que incomoda, o corpo melado, mesmo sem os “perfumados” protetores e bronzeadores... Não, obrigado, incluam-me fora dessas tribos arenícolas, por favor. Nesses horários, poderei ser encontrado na sala, deitado, lendo.
Vamos ver...
A Turma – Charles McCarry – o autor é um ex-agente da CIA e a história parece boa, um bom thriller para as férias.
O Balneário – Manuel Vazquez Montalbán – um pecado sua morte prematura, ele tinha muitos livros por escrever ainda, todos, de preferência, com o detetive Pepe Carvalho rodando por Barcelona e pelo mundo.
De costas para o mundo – Asne Seierstad – a mesma autora de “O livreiro de Cabul”. Esse livro é sobre a Iugoslávia e a Sérvia e a guerra e... Só espero que não me apareça um “Agora de frente para o mundo”, contestando-a, tal como foi contestada no “Eu sou o livreiro de Cabul”.
O legado da perda – Kiran Desai – é uma autora, é indiana, escreve uma história passada nos sopés do Himalaia, para onde um juiz indiano aposentado se retira. Leitura de férias? Pois é, talvez fosse melhor trocar pelo último John Grisham...
A dança dos deuses – Hilário Franco Júnior – o melhor livro sobre futebol lançado nos últimos tempos. Já li. Vou reler. Vou fazer anotações.
Fútbol y pátria – Pablo Alabarces – o autor é argentino e o subtítulo é “El fútbol y las narrativas de la nación en la Argentina”... Pareceu-me fascinante, comprei, só falta ler, agora.
Além desses livros, terei mais um à espera, presente de Natal atrasado que receberei ao vivo e, excelente, como surpresa. O título, não o presente.
Creio que serão suficientes. O mais provável é que volte com apenas dois terminados. Sabem como é, não dá pra ficar fechado na sala lendo todo o tempo desejável. É um jogo de buraco, é conversação fiada, é uma saída para jantar, essas coisas típicas de quem está em férias. Uma coisa, porém, é certa: se viajar sem livros eu surto, simplesmente. Não há chance.
Há outros livros para levar e ler, mas os dois que mais me interessam não combinam com o local e o clima: “Ulisses”, na nova tradução que os críticos juram ser mais agradável e legível que a de Houaiss, e “Em busca do tempo perdido”, há anos na estante esperando... esperando... esperando... Um dia lerei, já prometi a mim mesmo. Indoutrodia, o Jabor disse ter relido e ter sido, uma vez mais, uma experiência arrebatadora, devastadora, não sei mais o que. Bom, não vejo a hora de viver tudo isso. Quem sabe no próximo inverno?
Em horas como essa é que um notebook faz falta. Com certeza terei vontade de escrever, com certeza textos incríveis passarão por minha cabeça, mas, também com certeza, perder-se-ão nas brumas da memória sem chegar aos dedos e destes ao word.
Por enquanto, é isso.
2 comentários:
Shalom,Emerson!passei pra desejar um otimo ano novo pra vc e sua grande familia.Deus te abencoe com saude e Sua presenca.Como vai a Graciosa?Estou com pc novamente e senti a sua falta na Cora.Aparece de novo prum cafezinho,ne´?
Oi Emerson,
Pois é...
Sabe, deixei de acompanhar política faz tempo... só leio seus textos!! Não aguento mais assistir impotente a essa corja que se instalou no Brasil há anos (e não falo só de PT, não!!)...
Sei que é errado abandonar, que me tira o direito a reclamar... mas o que podemos fazer se quando vamos votar não existem opções válidas (com raríssimas exceções??)...
Às vezes, me pego com vontade de escolher a saída mais rápida: o aeroporto!!! ...
Pois é!!!
Marilia
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