terça-feira, agosto 19, 2025

 19 de agosto de 2025



Ela chegou... A primavera real






Hoje é 19 de agosto. Faltam, portanto, 32 dias (ou 32 noites, para ser mais preciso, nesse caso) para o início da primavera. 

Isso, porém, não é verdadeiro aqui no Sítio das Macaúbas. Para nós, ou melhor, para as abelhas, a primavera começou hoje.  Para a pitangueira em frente à nossa varanda, começou ontem, com o desabrochar de suas flores. E já nessa madrugada elas apareceram, com o zumbido de seus voos chamando a atenção.

É a vida. A real, a do dia a dia, que varia conforme a geografia.

Ora... Até rimou!




quarta-feira, agosto 13, 2025

 


Tchau, Preta





Hoje, durante a manhã, 16 anos e 6 meses depois de mudarmos da Granja Viana para cá, a Preta morreu.

Preta... A resistente.

Dias atrás foi a Rajada, sacrificada por um veterinário, pois já não tinha mais salvação e só sofria.

A Preta, coitada, sofreu estoicamente até o final.

Um ou dois dias depois de nossa mudança, em meados de fevereiro de 2009,  encontrei-a no asfalto, abandonada. Ela e mais 12 ou 13 gatinhos e gatinhas, a começar pela saudosa Lady, que foi sozinha para o carro.

Um ano, talvez dois, depois disso, ela sumiu. Um belo dia deixamos de vê-la por aqui. Com o passar do tempo, passamos a acreditar que ela tinha morrido. Que pena...

Só que não! Um ano ou mais depois de seu sumiço, ela reapareceu... Toda desconjuntada, caminhando de forma aparentemente errática, o corpo balançando, sob controle, sim, mas com enorme dificuldade.

Foi atropelada? Atacada por cachorros? Pisoteada por bois e vacas?

Nunca soubemos.

Ela voltou e retomou sua vidinha, mas, como era seu hábito, mantendo maiores distâncias de nós e também dos membros de sua turma. Rebolando desconjuntada pra lá e pra cá, sumindo pelo meio das árvores, sempre solitária.

No decorrer dos últimos tempos, seu estado físico ficou visivelmente mais precário, tanto que ela passou a dormir por aqui, nos arredores e, nos últimos meses, dentro de casa.

Em momento algum abandonou seu hábito e seu isolamento. Nunca confraternizou com a Rajada ou qualquer um dos cachorros, o que a Lady gostava de fazer, ou mesmo com a Rosa ou comigo. Uma solitária na mais perfeita acepção.

Há dezesseis anos e meio pequei-a do chão, na beira da estrada, e coloquei-a no carro. Hoje cedo, peguei-a do chão da cozinha, por onde não conseguia andar, só escorregava, e levei-a para o gostoso Sol matinal, no chão de terra, grama, pequenos galhos e folhas ao lado de nossa casa.

Ali ela morreu. Partiu para sua última andança.


segunda-feira, abril 28, 2025

 

60 Anos de Globo

 

Somente há pouco consegui ver o Globo Repórter de sexta-feira, sobre os “60 Anos da Rede Globo”.

 

Uau!

Revisitei minha vida! Sou de 54 e pouco antes de chegar aos 11 anos meu pai conseguiu comprar uma televisão. Isso, portanto, foi no decorrer de 1965. Eu fazia o 4º ano primário acumulado com um curso de admissão (coisa antiga), que preparava alunos para entrarem no curso ginasial.

Víamos a Record e a Tupy. Tinha Zorro e, sobretudo, Rin Tin Tin, além do maravilhoso “Vigilante Rodoviário”. Tinha aquelas novelas chatas da Tupy, até que um dia... Uau! Beto Rockfeller! Na Excelsior tinha Redenção, que até era legal, mas que durou uma eternidade, ficou chatésima, mas ajudou a segurar o Canal 9 vivo por mais um tempinho.

Aí entrou aquela emissora carioca... Putz... Carioca! Só faltava. E tinha um novelão – “O Sheik de Agadir”. Não nos atraía.

Num certo momento, porém, no distante 1969, apareceu o Jornal Nacional. Viramos fregueses! E, quase junto, a maravilhosa “Irmãos Coragem”. Imperdível! Inesquecível! A gente não assistia, torcia!

Foi o começo da presença Globo em minha vida e na vida de muitos milhões. A Globo evoluiu, conquistou o mercado.

Opa! Que besteira escrevi agora! Lamento! Já estou corrigindo:

A Globo evoluiu e conquistou nossos corações e mentes.

Claro, Geraldo José de Almeida no México e a conquista do Tri ajudaram barbaridade!

E a vida seguiu e segue até hoje. Há muitos, muitos, muitos anos não vejo novelas. Lembro dos enredos e imagens de várias novelas, mas os nomes me fogem. O futebol dominou minha cabeça, olhos, coração, juntamente com a política.

Futebol... Tinha um blog – “Olhar Crônico Esportivo” – e tocava minha vidinha nos últimos anos como produtor de vídeos, até que um belo dia toca o telefone (lembram, né, aquela coisa que ficava numa mesinha na sala, geralmente) e sou convidado para levar meu blog para o Globo Esporte.

Nossa...

Fui, é claro, e ainda por cima ganhando um dindin gostosin e bonzin à bessa (e à beça, como quer a gramática oficial).

Passado um certo tempo, coisa de uns três anos, por aí, outro convite: começar a participar de um programa esportivo no Sportv...

Nossa...

Outros convites vieram e eu não fui. Motivo? Uma doença esquisita que deixava minha cara mais vermelha que as bandeiras dos seguidores de Lenin, Stalin e Mao...

Uma internação de dois dias no HC de Ribeirão Preto deu conta do recado, mas aí, Inês, sempre ela, era morta. Perdi a chance. Há coisas que têm que ser, há coisas que não...

 

Buenas, volto à Globo. Como é natural, sou crítico de várias coisas, tanto pelo ponto de vista ideológico como pelo gosto. As novelas saíram de meu radar de forma total. Permaneceram o JN e os noticiários matinais e locais (claro, moro aqui no sítio desde fevereiro de 2009) e, obviamente, o futebol, o sagrado futebol.

Essa novela toda foi só pra mostrar que a Globo foi e é importante na minha vida. Ainda hoje tenho amigos na organização (ela é muito, muito mais que a tv de sinal aberto). O JN é o meu canal de informação à noite. Pela manhã são os noticiários globais da madrugada e o mais que sagrado e maravilhoso Estadão, leitura desde meu segundo ano primário (calma, só li o que falava sobre o São Paulo FC... depois, bom, depois fui lendo outras coisas e ele, como a Globo, está em minha vida desde sempre).

 

Muitos criticam a Globo. Muitos fazem acusações tão absurdas quanto levianas. Paciência, assim é e continuará sendo a vida. Como diria um  personagem que já não recordo... Faz parte.

 

A Globo, sob muitos e muitos aspectos, é um Brasil que deu certo.

Que assim continue.

Paro por aqui porque não demora muito vai começar o JN e ainda vou tomar banho.