60
Anos de Globo
Somente há
pouco consegui ver o Globo Repórter de sexta-feira, sobre os “60 Anos da Rede
Globo”.
Uau!
Revisitei
minha vida! Sou de 54 e pouco antes de chegar aos 11 anos meu pai conseguiu comprar
uma televisão. Isso, portanto, foi no decorrer de 1965. Eu fazia o 4º ano
primário acumulado com um curso de admissão (coisa antiga), que preparava
alunos para entrarem no curso ginasial.
Víamos a
Record e a Tupy. Tinha Zorro e, sobretudo, Rin Tin Tin, além do maravilhoso “Vigilante
Rodoviário”. Tinha aquelas novelas chatas da Tupy, até que um dia... Uau! Beto
Rockfeller! Na Excelsior tinha Redenção, que até era legal, mas que durou uma
eternidade, ficou chatésima, mas ajudou a segurar o Canal 9 vivo por mais um
tempinho.
Aí entrou
aquela emissora carioca... Putz... Carioca! Só faltava. E tinha um novelão – “O
Sheik de Agadir”. Não nos atraía.
Num certo
momento, porém, no distante 1969, apareceu o Jornal Nacional. Viramos fregueses!
E, quase junto, a maravilhosa “Irmãos Coragem”. Imperdível! Inesquecível! A
gente não assistia, torcia!
Foi o
começo da presença Globo em minha vida e na vida de muitos milhões. A Globo evoluiu,
conquistou o mercado.
Opa! Que besteira
escrevi agora! Lamento! Já estou corrigindo:
A Globo
evoluiu e conquistou nossos corações e mentes.
Claro,
Geraldo José de Almeida no México e a conquista do Tri ajudaram barbaridade!
E a vida
seguiu e segue até hoje. Há muitos, muitos, muitos anos não vejo novelas. Lembro
dos enredos e imagens de várias novelas, mas os nomes me fogem. O futebol
dominou minha cabeça, olhos, coração, juntamente com a política.
Futebol...
Tinha um blog – “Olhar Crônico Esportivo” – e tocava minha vidinha nos últimos
anos como produtor de vídeos, até que um belo dia toca o telefone (lembram, né,
aquela coisa que ficava numa mesinha na sala, geralmente) e sou convidado para
levar meu blog para o Globo Esporte.
Nossa...
Fui, é
claro, e ainda por cima ganhando um dindin gostosin e bonzin à bessa (e à beça,
como quer a gramática oficial).
Passado um
certo tempo, coisa de uns três anos, por aí, outro convite: começar a
participar de um programa esportivo no Sportv...
Nossa...
Outros
convites vieram e eu não fui. Motivo? Uma doença esquisita que deixava minha
cara mais vermelha que as bandeiras dos seguidores de Lenin, Stalin e Mao...
Uma internação
de dois dias no HC de Ribeirão Preto deu conta do recado, mas aí, Inês, sempre
ela, era morta. Perdi a chance. Há coisas que têm que ser, há coisas que não...
Buenas, volto
à Globo. Como é natural, sou crítico de várias coisas, tanto pelo ponto de
vista ideológico como pelo gosto. As novelas saíram de meu radar de forma
total. Permaneceram o JN e os noticiários matinais e locais (claro, moro aqui
no sítio desde fevereiro de 2009) e, obviamente, o futebol, o sagrado futebol.
Essa
novela toda foi só pra mostrar que a Globo foi e é importante na minha vida.
Ainda hoje tenho amigos na organização (ela é muito, muito mais que a tv de
sinal aberto). O JN é o meu canal de informação à noite. Pela manhã são os
noticiários globais da madrugada e o mais que sagrado e maravilhoso Estadão,
leitura desde meu segundo ano primário (calma, só li o que falava sobre o São Paulo
FC... depois, bom, depois fui lendo outras coisas e ele, como a Globo, está em
minha vida desde sempre).
Muitos criticam
a Globo. Muitos fazem acusações tão absurdas quanto levianas. Paciência, assim
é e continuará sendo a vida. Como diria um personagem que já não recordo... Faz parte.
A Globo,
sob muitos e muitos aspectos, é um Brasil que deu certo.
Que assim
continue.
Paro por
aqui porque não demora muito vai começar o JN e ainda vou tomar banho.