Relendo "Robinson Crusoé"
Dias atrás acabei uma releitura: “Robinson Crusoé”.
Claro, já tinha lido, relido e relido novamente, mais de uma
vez, em criança e adolescente e até como adulto, mas dessa vez eu li o livro
tal e qual foi escrito por seu autor. Confesso, sem vergonha, que gostei pouco,
gostei menos que das outras vezes, versões enxugadas e algumas, juvenis, muito
enxugadas. Enfim, essa leitura/releitura mostrou-me um autor cuja religiosidade
eu desconhecia, ou melhor, cuja intensidade eu desconhecia. Confesso que não
gostei, mas li até a última linha. Foi bom, pois permitiu-me reavaliar,
repensar muita coisa, inclusive sobre mim mesmo. O peso da religião era muito
forte na época do Defoe, já caiu, voltou a subir. Não sou religioso, na verdade
nunca fui, nem mesmo quando criança, mas respeito quem é e sei, obviamente, que
ao mesmo tempo que o fervor religioso levou ou manteve o atraso, também foi
importante na criação e desenvolvimento das sociedades que conhecemos hoje. Religião,
em minha opinião, não se discute, o que, obviamente, inclui o não acreditar.
Há livros que marcam demais a vida, ao menos no meu caso.
Creio que o mais marcante de todos, o livro que me deu a base sobre tudo que
penso sobre agricultura, foi “Fazenda Malabar”, do americano Louis Bromfield.
Outro gringo, um russo, escreveu um livro menos famoso que a obra que o
consagrou, mas que foi fundamental em minha formação e minha visão política.
Falo de “Um dia na vida de Ivan Denisovitch”, de Alexander Soljenitsin.
Falar sobre livros é muito gostoso, pena que faltam coisas
para isso, como, por exemplo, tempo e interlocutores. Hahahahahahaha...