terça-feira, dezembro 17, 2024

Relendo "Robinson Crusoé"




Dias atrás acabei uma releitura: “Robinson Crusoé”.

Claro, já tinha lido, relido e relido novamente, mais de uma vez, em criança e adolescente e até como adulto, mas dessa vez eu li o livro tal e qual foi escrito por seu autor. Confesso, sem vergonha, que gostei pouco, gostei menos que das outras vezes, versões enxugadas e algumas, juvenis, muito enxugadas. Enfim, essa leitura/releitura mostrou-me um autor cuja religiosidade eu desconhecia, ou melhor, cuja intensidade eu desconhecia. Confesso que não gostei, mas li até a última linha. Foi bom, pois permitiu-me reavaliar, repensar muita coisa, inclusive sobre mim mesmo. O peso da religião era muito forte na época do Defoe, já caiu, voltou a subir. Não sou religioso, na verdade nunca fui, nem mesmo quando criança, mas respeito quem é e sei, obviamente, que ao mesmo tempo que o fervor religioso levou ou manteve o atraso, também foi importante na criação e desenvolvimento das sociedades que conhecemos hoje. Religião, em minha opinião, não se discute, o que, obviamente, inclui o não acreditar.

 

Há livros que marcam demais a vida, ao menos no meu caso. Creio que o mais marcante de todos, o livro que me deu a base sobre tudo que penso sobre agricultura, foi “Fazenda Malabar”, do americano Louis Bromfield. Outro gringo, um russo, escreveu um livro menos famoso que a obra que o consagrou, mas que foi fundamental em minha formação e minha visão política. Falo de “Um dia na vida de Ivan Denisovitch”, de Alexander Soljenitsin.

Falar sobre livros é muito gostoso, pena que faltam coisas para isso, como, por exemplo, tempo e interlocutores. Hahahahahahaha...